BIOÉTICA E LITERATURA EM “O IMORTAL”: uma reflexão sobre imortalidade com um ponto sem retorno
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-4358v14n42.2024.26Palavras-chave:
Literatura, Bioética, Imortalidade, Morte, FilosofiaResumo
A bioética não consegue sozinha pensar sobre os problemas que surgem com a capacidade cada vez mais ilimitada do ser humano em modificar o mundo e a si mesmo. Nessa área desconhecida estão as tecnologias sobre imortalidade. Embora existam apenas na teoria, já contam com pesquisas e financiamentos. Essa mudança desafia o entendimento sobre as implicações éticas de tornar praticamente sem fim o que naturalmente é mortal. Por não possuir essas limitações, a literatura torna-se um aliado poderoso nessa discussão; ao criar um universo fictício semelhante ao real, os conflitos tornam-se palpáveis e consegue-se imaginar as várias implicações dessa biotecnologia. Este artigo busca contribuir à discussão do tema, através de uma metodologia que faz uso do texto fictício como guia central das discussões. Foi escolhido o conto “O Imortal” do escritor Borges, que traz uma nova perspectiva sobre o assunto da imortalidade como ponto sem retorno.
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