REFLEXÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DA INDÚSTRIA CULTURAL EM ADAPTAÇÕES CINEMATOGRÁFICAS DE ORGULHO E PRECONCEITO
Abstract
O presente artigo tem como objetivo abordar a influência da indústria cultural em duas adaptações cinematográficas de Orgulho e Preconceito (1813), romance da escritora inglesa Jane Austen. As discussões são embasadas em textos de Benjamin e Horkheimer & Adorno, publicados nas décadas de 1930 e 1940, que abordam o processo de mudança na percepção de arte ocasionado pela indústria cinematográfica. A reprodutibilidade técnica e a padronização do mercado são apontados como os fatores responsáveis pela perda de interesse do público pelo valor de culto da obra de arte. Apesar de a arte tornar-se mais acessível ao público de modo geral, os autores consideram que o foco na quantidade diminui a qualidade. Tais proposições são utilizadas para analisar como a produção da minissérie Orgulho e Preconceito (1995) e do filme com mesmo título lançado em 2005 sofreram influências da indústria cultural. A análise revela uma alteração no enredo da narrativa do texto literário ocasionando a suavização ou apagamento de críticas sociais. Essas mudanças têm objetivos comerciais e pretendem atrair determinado público. A pesquisa revelou que as adaptações podem modificar a percepção do público sobre o romance e sobre a escritora Jane Austen.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Direitos autorais Afluente: Revista Eletrônica de Letras e Linguística
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.