POESIA, ENGENHARIA, SOCIEDADE: OS ANOS DE FORMAÇÃO DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Resumen
Pode-se dizer que, tradicionalmente, o interesse pela racionalidade cabralina levou a crítica (em uma espécie de processo mimético da obra estudada) à investigação do fenômeno da forma. No que toca à fortuna crítica do poeta, são significativas as tentativas de acesso a sua lógica construtiva, espelho do que se identifica como esforço de tematização e investigação da materialidade da experiência e da percepção humana. Nesse sentido (que inclui o diálogo do poeta com a tradição construtiva das vanguardas europeias), o canto a palo seco da poesia cabralina chama a atenção pelo domínio crítico das manifestações da vida em relação a um sujeito da percepção – o que lança a um segundo e distante plano qualquer vínculo entre a objetividade da poesia de Cabral e a resposta que esta dá à vontade de conhecimento e construção da sociedade brasileira representada pela tradição Modernista. Neste ensaio, tentaremos conciliar essas duas perspectivas, demonstrando que a elaboração de uma noção construtiva de poesia – proposta por Cabral na aproximação que promove entre poesia, arquitetura e engenharia em suas primeiras coletâneas, de Pedra do sono a Psicologia da composição – passa pela comunhão entre modernização e democracia inerente às hostes progressistas do Modernismo.
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