O FANTÁSTICO MODERNO NA NARRATIVA RUBINIANA COMO MARCA DE RESISTÊNCIA À EXCEÇÃO DE DIREITO

Autores

  • José Dino Costa Cavalcante Universidade Federal do Maranhão - UFMA
  • Priscila Karina Santos Moreno Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Palavras-chave:

Literatura, Crítica Literária, Teoria Literária, Literatura e Sociedade

Resumo

Este artigo visa analisar como são elaboradas as marcas de resistência frente ao Estado de Exceção de Direito, especificamente a partir do conto Botão de Rosa (1974), de Murilo Rubião. Partimos do entendimento de que a Literatura tem uma função subversiva de denúncia do status quo, que se torna possível quando a narrativa ficcional possibilita a reflexão da realidade social. O estudo visa expor, através das marcas de engajamento da narrativa, como as lógicas de opressão das estruturas soberanas encontram no Direito a sua legitimidade culminando em distopias causadas pelo próprio Estado. Tudo isso por meio de uma investigação que tem a revisão bibliográfica como método de abordagem e possui caráter qualitativo e exploratório. Deste modo, ao descortinar os dramas humanos oriundos dos espaços de existência presentes na narrativa descobrimos, como resultado, que o Estado de Exceção que parece distante, mostra-se muito mais abrangente e próximo do que imaginado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Dino Costa Cavalcante, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Letras: Estudos Teóricos e Críticos em Literatura. Linha de pesquisa: Literatura, História e Sociedade.

Priscila Karina Santos Moreno, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Letras: Estudos Teóricos e Críticos em Literatura. Linha de pesquisa: Literatura, História e Sociedade.

Referências

AGAMBEN. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.

ARENDT, Hannah. As origens do totalitarismo. Tradução de Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

BENJAMIN, Walter. Crítica da violência, crítica do poder. In: BENJAMIN, Walter. Documentos de Cultura, Documentos de Barbárie. Trad. Willi Bolle. São Paulo: Cultrix-Edusp, 1985.

BOSI, Alfredo. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

BOSI, Alfredo. Ideologia e contraideologia: temas e variações. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 5.Ed. São Paulo: Editora Nacional, 1976.

FACINA, Adriana. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. Edição do Kindle.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2017.

GOULART, Audemaro Taranto. O mundo fantástico de Murilo Rubião. Belo Horizonte: Editora Lê, 1995.

LAKATOS, Eva Maria (org.). Metodologia Científica. São Paulo: Editora Atlas, 2003.

LUCAS, Fábio. Do Barroco ao moderno: vozes da literatura brasileira. São Paulo: Ática, 1989.

MORAES, Viviane Dantas. A vida nua em Dalcídio Jurandir: metamorfoses do Estado de Exceção. 175f. Tese (Doutorado em Letras). Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará. Pará: 2017.

RUBIÃO. Murilo. Obra Completa. São Paulo: Companhia de Bolso, 2010. p.144-149.

SARTRE, Jean-Paul. Aminadab, ou o fantástico considerado como uma linguagem. In: __________. Situações I: crítica Literária. Trad. Cristina Prado. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

SCHWARTZ, Jorge. Murilo Rubião: a poética do Uroboro. São Paulo: Ática, 1981.

SCHWARTZ, Jorge. Do fantástico como máscara (prefácio da edição, p. 6-13). In. RUBIÃO, Murilo. O convidado. São Paulo: Ática, 2000.

Downloads

Publicado

2021-12-04

Como Citar

COSTA CAVALCANTE, José Dino; SANTOS MORENO, Priscila Karina.
O FANTÁSTICO MODERNO NA NARRATIVA RUBINIANA COMO MARCA DE RESISTÊNCIA À EXCEÇÃO DE DIREITO
. Afluente: Revista de Letras e Linguística, p. 310–334, 4 Dez 2021 Disponível em: https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/16707. Acesso em: 4 dez 2024.

Edição

Seção

Estudos Literários