Hey Liberty: subjetividade feminina negra e relações de gênero em Ruby (2017), de Cynthia Bond

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2525-3441v8n24.2023.48

Palavras-chave:

Literatura, Mulheridade Negra, Relações de Gênero, Semiótica

Resumo

A presente pesquisa tem por objetivo geral discutir sobre as questões de gênero e raça que envolvem o romance Ruby (2017), título homônimo da protagonista da obra a escritora estadunidense Cynthia Bond. Como metodologia, foi utilizado a teoria semiótica, desde a primeira etapa do Percurso Gerativo do Sentido de Greimas, utilizando o quadrado semiótico, como sugerido por Barros (2005), acerca das oposições semânticas mínimas, até o nível mais profundo, para analisar a protagonista Ruby e discorrer sobre a dualidade puta/santa e como é apresentada e ditada na obra. A fundamentação teórica é composta pelos estudos acerca do feminismo negro de Hooks (2019; 2020) e Davis (2016), e contribuições sobre o racismo nos Estados Unidos de Morrisson (2018). Como resultados, têm-se a forma como a protagonista é marginalizada pelos moradores de Liberty, e subjugada por companheiros brancos quando foge para Nova York. Como considerações finais, apresentamos que ferramentas opressivas convencem Ruby que ela jamais passará de uma meretriz, prosseguindo a manutenção dos estereótipos raciais, que negam à mulher negra sua própria existência e subjetividade.

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Biografia do Autor

Yasmine Sthefane Louro da Silva, Universidade Federal do Tocantins

Atua como professora da Educação Infantil Nível II pela Prefeitura de Porto Nacional/TO, desde 2020. Mestre em Letras, com linha de pesquisa em Teoria, Crítica e Comparatismo, pela Universidade Federal do Tocantins - UFT. Especialista em Literatura em Língua Inglesa pela Faculdade de Educação São Luís. Especialista em Arte e Educação Contemporânea pela Universidade Federal do Tocantins - UFT. Especialista em Teoria Literária e Literatura Comparada pelo Instituto Líbano. Pós-graduanda em Ensino de Língua e Literatura pelo Instituto Federal de São Paulo - IFSP. Graduada em Letras Licenciatura em Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Literaturas pela Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisa em Linguistica Aplicada e Literaturas Anglófonas da UEMASUL. E-mail: yasminelouro@outlook.com

Diana Barreto Costa, UEMASUL

Coordenadora geral do programa de Formação de Professores Caminhos do Sertão e Professora dos Cursos de Graduação em Letras (Licenciatura de Ensino) em Português, Inglês e Literatura e Línguas (Licenciamento de Professores) em Inglês e Literatura. Professora Adjunto IV, vinculado ao Centro de Ciências Humanas e Sociais e de Línguas (CCHSL), Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Linguística Aplicada e Literatura Inglesa (GEPLALA) e do Grupo de Estudos em Práticas Educativas e Formação de Professores (GEPEP), da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Campus Imperatriz. E-mail: diana.costa@uemasul.edu.br

Welbson Carlos Sousa Neres, UEMASUL

Graduado do curso de Letras Licenciatura em Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Literaturas pela Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL.. E-mail: welbsonneres.201502156@uemasul.edu.br

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Publicado

2024-05-29

Como Citar

SILVA, Yasmine Sthefane Louro da; COSTA, Diana Barreto; NERES, Welbson Carlos Sousa.
Hey Liberty: subjetividade feminina negra e relações de gênero em Ruby (2017), de Cynthia Bond
. Afluente: Revista de Letras e Linguística, v. 8, n. 24, p. 01–22, 29 Mai 2024 Disponível em: https://cajapio.ufma.br/index.php/afluente/article/view/22032. Acesso em: 24 nov 2024.

Edição

Seção

Amor na Literatura