Fantasmagorias canônicas na obra De passagem mas não a passeio: literatura marginal periférica desconstruindo a poiésis
DOI:
https://doi.org/10.18764/2525-3441v9n25.2024.12Palavras-chave:
literatura periférica, Dinha, poesia, cânoneResumo
A literatura periférica espraia-se visceralmente no sistema literário brasileiro, ao incorporar inúmeros matizes estilísticos, contribui de maneira efetiva para a criação de redes de pensamento que possam redimensionar aspectos importantes no que diz respeito ao cânone, ao poeta e a poesia, ou seja, repensar a própria condição da literatura no mundo contemporâneo. Neste sentido, nosso ensaio visa analisar algumas dessas condições de trânsito teórico no livro De passagem mas não a passeio, da poeta Dinha, nome representativo na literatura periférica de autoria feminina. A obra, ao evocar poetas de extração canônica, nos coloca uma série de questionamentos sobre a maquinaria do texto poético, bem como uma discussão sobre o que é ser poeta, tendo em vista que a ideia de metapoesia é sistematizada ao longo do livro, criando assim um todo orgânico a enlaçar elementos canônicos com a experiência de vida, elemento fulcral no desenho identitário dessa literatura que reinscreve os padrões legitimados pelo cânone.
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