FICÇÃO CIENTÍFICA E DISTOPIA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DA CIDADE E DO CORPO EM UMBRA (1977) E ASILO NAS TORRES (1979)
Resumo
O presente estudo tem como objetivo fazer uma reflexão acerca das narrativas utópicas e distópicas, considerando seus conceitos e elementos constitutivos bem como suas relações com as temáticas sociais, sobretudo aquelas relacionasdas às transformações do espaçoo e suas implicações para a vida do homem como ser social. Para este fim, tomaremos como objeto de análise as obras distópicas brasileiras Umbra (1977), de Plínio Cabral, e Asilo nas Torres (1979), de Ruth Bueno, escritas em um momento histórico conturbado de transformações sociais. Como suporte teórico, traremos à baila os estudos do crítico Raymond Williams (1978) com o intuito de melhor explicar a estrutura das narrativas utópica e distópicas. As discussões acerca do corpo e do espaço serão fomentadas pelos estudos da crítica Jéssica Langer (2010) para a qual as narrativas distópicas apresentam uma reflexão crítica sobre sociedades pós-coloniais e/ou pós-modernas, e exploram a chamada transgressão de fronteiras as quais se relacionam à cidade, ao corpo e à mente. Neste sentido, os apontamentos de Nestor Canclini (1995) sobre culturas híbridas na modernidade dialogam com o estudo aqui proposto. Os resultados apontam para uma importante contribuição das narrativas distópicas como registros das transformações das cidades e de suas consequências para a vida do homem como ser social.
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