A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA NA MODERNIDADE LÍQUIDA: desafios e possibilidades

Autores/as

Palabras clave:

Neoliberalismo. Modernidade Líquida. Educação. Pedagogia da Autonomia.

Resumen

Neste artigo destacar-se algumas das características do trabalho docente no sistema neoliberal no contexto paradigmático caracterizado como “modernidade líquida”. A abordagem é qualitativa e se embasada em Bauman, Dowbor,  Dardot e Laval além de trechos da obra de Marx e Engels. Para além, busca-se no livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, uma referência para o trabalho de educadores progressistas visando a compreensão das contradições e a transformação da realidade. Conclui-se que os obstáculos à emancipação do ser humano não se dão, na maioria das vezes, de maneira aparente; a opressão e a alienação se realizam na racionalidade neoliberal. Neste contexto, a sociedade de classes se perpetua sustentada pela narrativa da liberdade democrática, mas sob o controle do mercado neoliberal. Assim, a educação e o educador tem um lugar proeminente, potencializar a insatisfação dos indivíduos, estimular a reflexão crítica e reinventar a utopia por meio de uma pedagogia libertadora.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

José Antonio Dias, Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC/Lages

Professor efetivo da rede municipal de educação do município de Lages/SC;

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade do Planalto Catarinense (PPGE-UNIPLAC);

 Membro do Grupo de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento Territorial: políticas e Práticas (GEDETER).

Geraldo Augusto Locks, Atualmente é Docente Pesquisador do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC - SC).

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade do Planalto Catarinense (1977). Graduação em Teologia pelo Instituto de Teologia e Pastoral de Passo Fundo (1994). Especialização lato sensu em Educação e Movimentos Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (1991); Especialização Lato sensu em Educação Popular pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1990). Mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998). Doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008), Pós-Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (2012). Investigador Visitante (Pó-Doutoramento) no Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, Portugal (2018).Atualmente é Docente Pesquisador do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC - SC). Líder do Grupo de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento Territorial: políticas e Práticas (GEDETER), com Projeto de Pesquisa: Educação, Economia Solidária e Emancipação Social - A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares. Tem experiência no campo da Antropologia com ênfase na Antropologia e Educação. Atua principalmente nos seguintes temas: Educação do Campo, Educação e Movimentos Sociais, Educação e Economia Solidária, Educação, Diversidade e Desenvolvimento Territorial. Coordena o Projeto de pesquisa e extensão formação e institucionalização da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade do Planalto Catarinense (ITCP UNIPLAC) e coordena o Curso de Extensão Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional (PROESDE)

Citas

ALTHUSSER, Louis. Aparelhos Ideológicos de Estado. 3ª edição. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1987.

ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão [recurso eletrônico] : o novo proletariado de serviços na era digital. - 1. ed. - São Paulo : Boitempo, 2018.

ANTUNES, Ricardo; PINTO Geraldo Augusto. A fábrica da educação: da especialização taylorista à flexibilização toyotista. São Paulo: Cortez, 2017. (Coleção questões da nossa época, v. 58).

BAUMAN, Zygmunt. Capitalismo parasitário: e outros temas contemporâneos. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. Tradução: Eliana Aguiar.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. Tradução: Plínio Dentzien.

DARDOT, Pierre Dardot; LAVAL. A Nova Razão do Mundo: ensaio sobre sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016. Tradução: Mariana Echalar

DOWBOR, Ladislau. O capitalismo se Desloca: novas arquiteturas sociais. São Paulo: Edições Sesc, 2020. 194 p.

FÁVERO, Altair Alberto; CENTENARO, Junior Bufon. A dialética entre a normatização e a interpretação:: a autoridade docente na modernidade líquida de Bauman. Revista Educação em Questão, Natal, v. 57, n. 52, p. 1-23, 25 abr. 2019. Universidade de Passo Fundo.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2018. 57 ed.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994. 17 ed.

HYPÓLITO, Álvaro Moreira; GHIGGI, Gomercindo. Trabalho Docente. In: STRECK, Danilo R.; REDIN, Euclides; ZITKOSKI, Jaime José (org.). Dicionário Paulo Freire. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. p. 663-664.

MARX, Karl: ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Tradução: Luís Cláudio de Castro e Costa.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2017. Tradução: Álvaro Pina e Ivana Jinkings.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Textos sobre Educação e Ensino. São Paulo: Editora Centauro, 2006. 110 p. Tradução: Rubens Eduardo Frias.

SILVA, Clemildo Anacleto et al. Aproximações entre a concepção de educação popular em Paulo Freire e a crítica à sociedade líquida em Zygmunt Bauman. Ciência em Movimento Educação e Direitos Humanos, [S. l.], v. 20, n. 40, p. 71-81, ago. 2018. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ipa/index.php/EDH/article/view/576. Acesso em: 22 jun. 2020.

TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Editora Atlas, 1987.

Descargas

Publicado

2020-12-10

Cómo citar

Dias, J. A., & Locks, G. A. (2020). A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA NA MODERNIDADE LÍQUIDA: desafios e possibilidades. Cadernos Zygmunt Bauman, 10(24). Recuperado a partir de https://cajapio.ufma.br/index.php/bauman/article/view/15522

Número

Vol. 10 Núm. 24 (2020): PERSPECTIVAS: Nietzsche, Foucault e Heidegger

Sección

Filosofia como reflexão genealógica da moral, das instituições e da arte

Licencia

Direitos autorais Cadernos Zygmunt Bauman

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.