O TEMPO DOS TRIBALISTAS: as juventudes líquidas traduzidas na música brasileira contemporânea

Autores

  • Rodrigo Koch Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade Hortênsias-São Francisco de Paulaa

Palavras-chave:

Juventude, Modernidade Líquida, Música, Tempo das Tribos.

Resumo

Este artigo analisa as letras de quatro músicas do grupo Tribalistas a partir dos conceitos de Modernidade Líquida (BAUMAN 2001) e das tribos urbanas (MAFFESOLI 1998) no contexto das juventudes contemporâneas. Para esta análise, também são utilizados dados quantitativos da pesquisa Os Jovens do Ensino Médio das Regiões das Hortênsias e Encosta da Serra. As canções analisadas contribuem para traduzir as condições e características das juventudes líquidas da pós-modernidade. Os jovens apresentam configurações de identidades múltiplas, com transições da infância e adolescência para a juventude – e depois para vida adulta –, variáveis de acordo com o contexto social de cada um.

 

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Biografia do Autor

Rodrigo Koch, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade Hortênsias-São Francisco de Paulaa

Doutor em Educação (Culturas Juvenis) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestre em Educação (Estudos Culturais) pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), pós-graduado em Administração e Marketing Esportivo pela Universidade Gama Filho (UGF), e graduado em Educação Física pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) [CREF 012626-G/RS]. Atualmente é Diretor Regional - Campus II (Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Encantado, Montenegro, São Francisco de Paula e Vacaria) e professor adjunto C da Uergs - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Idealizador e coordenador institucional dos Jogos Universitários da Uergs - JUergs. Foi coordenador do curso de Pedagogia (Unidade: São Francisco de Paula/Uergs) entre 2012 e 2014. Jornalista Esportivo (MTB - 13.743). Também foi coordenador de esportes da Rádio Guaíba, pela qual realizou as coberturas jornalísticas dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 e Atenas-2004, dos Jogos Pan-Americanos Rio-2007 e, dos Jogos Mundiais Militares Rio-2011. Recebeu a Medalha João Saldanha pela contribuição ao esporte gaúcho, em 2009. Autor dos livros Universíade 1963 - História e Resultados dos Jogos Mundiais Universitários de Porto Alegre; Tie-Break - A saga dourada do vôlei masculino do Brasil; A Vitória vem dos Céus - A trajetória do brasileiro campeão mundial de judô; e Celeste Olímpica - A era de ouro da seleção uruguaia. Co-autor de: O Rádio e as Copas do Mundo; Educação e Interdisciplinaridade; e Educação para a Sustentabilidade. Produtor dos cd´s: Brasil Pentacampeão; e Planeta Colorado. Tem experiência nas áreas de Educação Física e Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: Futebol, Jogos Olímpicos, Práticas Corporais, Educação, e Comunicação & Esporte. Trabalha com o processo contemporâneo da Futebolização, articulando o mesmo aos conceitos de Modernidade Líquida (Bauman 1925-2017), Hipermodernidade (Lipovetsky 1944-) e Hibridização (Canclini 1939-); realizando pesquisas e estudos junto aos jovens torcedores pós-modernos (Giulianotti 1966-) e suas manifestações e produtividades nas Sociedades de Espetáculo (Debord 1931-1994), e de Consumidores (Bauman 1925-2017).

Referências

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Músicas citadas:

ANTUNES, Arnaldo; BROWN, Carlinhos; e MONTE, Marisa. Tribalistas. Rio de Janeiro: Phonomotor Records – EMI, 2002.

ANTUNES, Arnaldo; ANTUNES, Brás; BROWN, Carlinhos; e MONTE, Marisa. Um Só. Rio de Janeiro: Phonomotor Records – Universal Music, 2017.

ANTUNES, Arnaldo; BROWN, Carlinhos; CARMINHO; e MONTE, Marisa. Trabalivre. Rio de Janeiro: Phonomotor Records – Universal Music, 2017.

ANTUNES, Arnaldo; BROWN, Carlinhos; e MONTE, Marisa. Lutar e Vencer. Rio de Janeiro: Phonomotor Records – Universal Music, 2017.

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Publicado

2019-09-08

Como Citar

Koch, R. (2019). O TEMPO DOS TRIBALISTAS: as juventudes líquidas traduzidas na música brasileira contemporânea. Cadernos Zygmunt Bauman, 9(20). Recuperado de https://cajapio.ufma.br/index.php/bauman/article/view/11941

Edição

Seção

Perspectivas do Desenvolvimento Regional