SOBRE OS RIBEIRINHOS TOCANTINENSES: história e resistências
DOI:
https://doi.org/10.18764/2446-6549.v4n14p33-48Palavras-chave:
Modos de Vida Ribeirinhos, Resistência, TerritórioResumo
ABOUT RIPARIAN COMMUNITIES FROM TOCANTINS: history and resistances
ACERCA DE LAS COMUNIDADES RIPARIANAS DE TOCANTINS: historia y resistencias
A abordagem foi construída por uma leitura do mundo ribeirinho, por lentes histórico-sociais, na construção de uma pesquisa qualitativa com observação do autor e entrevista com sujeitos ribeirinhos nos rios Araguaia e Tocantins. O objetivo principal foi analisar as resistências dos ribeirinhos ao permanecerem nos lugares. As vivências ribeirinhas dos rios Araguaia e Tocantins possibilitaram que os sujeitos construíssem seus mundos no entorno dos rios. Nestes, plantaram suas lavouras, construíram suas residências, seus lugares de ócio e de trabalho. São lugares geossímbolos, conforme proposto por Jöel Bonnemaison. As novas políticas de ocupação das terras na Amazônia Legal, em especial no antigo norte de Goiás, atual Tocantins, produziram pressões sobre os ribeirinhos, impulsionando-os a se deslocarem para lugares cada vez mais distantes das margens dos rios, causando uma perda da identidade ribeirinha. As construções e os projetos de hidrelétricas nos rios Tocantins e Araguaia, o uso de pastos para criação do gado e de áreas para a plantação das monoculturas como a soja são fatores importantes dessa pressão sobre o território dos ribeirinhos no Tocantins. Com uma pesquisa qualitativa, fundamentada em leituras geográficas e históricas, e por meio de entrevistas, foi possível dimensionar a formação dos territórios ribeirinhos e apontar as resistências resultantes dos conflitos pelo território pelos sujeitos envolvidos no processo. O território foi identificado muito mais pelo processo de identificação dos sujeitos do que propriamente pela sua apropriação. As formas de resistências desses ribeirinhos são perpassadas pelo nível de identificação que estes têm com os rios.
Palavras-chave: Modos de Vida Ribeirinhos; Resistência; Território.
ABSTRACT
The approach of this work was based on the perspective of riverside people, through social-historical lenses, in the construction of a qualitative research with author observation and interview with subjects living along the rivers Araguaia and Tocantins. The main objective was to analyze their resistance in keeping at these places. The riverside experiences of the rivers Araguaia and Tocantins enabled the subjects to build their worlds around the rivers, in which they planted their crops, built their residences, their places of leisure and work. These places are geosymbols, as proposed by Jöel Bonnemaison. The new land occupation policies in the Legal Amazon, especially in the former northern state of Goiás, current state of Tocantins, have generated pressures on the riverside people, pushing them to move to places farther away from riverbanks, causing a loss of their riverside identity. The hydroelectric constructions and projects in the rivers Tocantins and Araguaia, the use of pastures for cattle raising and areas for the monoculture farming such as soybeans are important factors of this pressure on the territory of the riverside inhabitants of Tocantins. With a qualitative research, based on geographic and historical readings, and through interviews, it was possible to dimension the formation of riparian territories and to point out the resistance resulting from the conflicts over the territory by the individuals involved in the process. The territory was identified much more by the process of subjects’ identity than by land appropriation. The resistance forms of these riparian people are crossed by the level of identification they have with the rivers.
Keywords: Riparian Ways of Life; Resistance; Territory.
RESUMEN
El enfoque de este trabajo se basó en la perspectiva de la gente ribereña, a través de lentes socio-históricas, en la construcción de una investigación cualitativa con observación de autor y entrevista con sujetos que viven a lo largo de los ríos Araguaia y Tocantins. El objetivo principal fue analizar su resistencia en el mantenimiento de estos lugares. Las experiencias ribereñas de los ríos Araguaia y Tocantins permitieron a los sujetos construir sus mundos alrededor de los ríos, donde sembraron sus cultivos, construyeron sus residencias, sus lugares de ocio y trabajo. Estos lugares son geosymbols, según lo propuesto por Jöel Bonnemaison. Las nuevas políticas de ocupación de la tierra en la Amazonia Legal, especialmente en el antiguo estado norteño de Goiás, estado actual de Tocantins, han generado presiones sobre las poblaciones ribereñas, empujándolas a mudarse a lugares más alejados de las riberas, causando una pérdida de su identidad ribereña . Las construcciones hidroeléctricas y proyectos en los ríos Tocantins y Araguaia, el uso de pastos para la ganadería y las áreas de monocultivo como la soja son factores importantes de esta presión en el territorio de los habitantes ribereños del Tocantins. Con una investigación cualitativa, basada en lecturas geográficas e históricas, ya través de entrevistas, se pudo dimensionar la formación de los territorios ribereños y señalar la resistencia resultante de los conflictos sobre el territorio por los individuos involucrados en el proceso. El territorio fue identificado mucho más por el proceso de identidad de los sujetos que por la apropiación de la tierra. Las formas de resistencia de estos pueblos ribereños están cruzadas por el nivel de identificación que tienen con los ríos.
Palabras clave: Maneras de Vida Ribereñas; Resistencia; Territorio.
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