Marcas de um “progresso” inadequado: desmatamento e a “cicatriz verde” na fronteira de intensificação de Novo Repartimento, Estado do Pará, entre 2000 e 2023
DOI:
https://doi.org/10.18764/2446-6549.e22936Palavras-chave:
Fronteira, “Progresso”, Desmatamento, Novo Repartimento, Fronteira de IntensificaçãoResumo
Desde a década de 1960, a Amazônia Legal tem vivenciado um intenso e complexo processo de ocupação territorial em suas fronteiras. Impulsionado por estratégias, programas e projetos de desenvolvimento regional, esse processo se destacava pelo crescimento constante das relações econômicas com outras regiões do Brasil e por uma inserção internacional mais significativa na busca pelo “progresso” econômico. Em 2006, os maiores índices de desmatamento na Amazônia Legal foram observados no Estado do Pará, especialmente no município de Novo Repartimento. O presente artigo visa compreender, por meio de ferramentas de geoprocessamento, como a dinâmica do desmatamento em Novo Repartimento, no Sudeste do Pará, influenciou a formação e expansão de uma nova fronteira no período de 2000 a 2023: a “fronteira de intensificação”. A pesquisa revelou que a fronteira de intensificação é uma categoria-chave nesse processo, ampliada por políticas públicas, planejamento estratégico e investimentos inadequados do Estado brasileiro, o que resultou em uma série de “cicatrizes” na floresta. Como consequência desse “progresso” inadequado, ocorreram mudanças significativas na dinâmica populacional, econômica e ambiental da região, levando Novo Repartimento a um estado de grave retrocesso ambiental — situação que persiste até os dias de hoje, mesmo com a utilização de mecanismos de gestão ambiental.
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