Archivio
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Linguística e Literatura na Formação de Professores: teorias e práticas construídas nos cursos de Letras
V. 15 N. 29 (2024)Nesta edição da Littera, o foco volta-se para estudos linguísticos e/ou literários mobilizados na formação de professores de línguas, volta-se para a discussão sobre as diferentes abordagens teóricas e sobre práticas de ensino que acontecem no curso de Letras, enquanto espaço institucional e social empenhado em formar profissionais para atuarem como professores que circulam entre diferentes modos de estudar a linguagem e suas manifestações; professores que veem o fazer docente como uma atividade dinâmica e cheia de desafios sobre o sentido de aprender e ensinar, sobre aprender para ensinar, sobre aprender ao ensinar. O curso de Letras com suas atividades de ensino, pesquisa, extensão é terreno fértil para uma investigação desses desafios, para debate sobre teorias linguísticas, teorias literárias, formação de professor, sobre metodologias de ensino em diferentes níveis da educação.
Um segundo foco desta edição refere-se à homenagem ao curso de Letras da Universidade Federal do Maranhão que completou no ano de 2023 setenta anos de fundação. São décadas formando professores, investindo em produção e divulgação de pesquisas científicas, contribuindo para o fortalecimento da universidade e da pós-graduação.
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Dossiê: Linguagem, discurso e tecnologias
V. 14 N. 28 (2023)O desenvolvimento e a popularização das tecnologias, em especial das tecnologias digitais, impactam sobremaneira nossas práticas sociais e transformam o modo como nos comunicamos, nos informamos, aprendemos e ensinamos. Nesse contexto, o uso das tecnologias digitais, e mais recentemente a inserção das inteligências artificiais, transformaram indelevelmente a humanidade, trazendo novas possibilidades e novos desafios, sobretudo, em relação à difusão e ao consumo de informação por meios digitais e em relação ao modo como lidamos com temas como fake news, discursos de ódio nas redes e o uso da tecnologia digital em contextos pedagógicos, apenas para citar alguns exemplos. Considerando esse contexto, a revista LITTERA anuncia a chamada para publicação de seu número temático sobre Linguagem, Discurso e Tecnologias, no qual serão publicados artigos inéditos que, de alguma forma, abordem as seguintes temáticas:
Ensino e Aprendizagem Mediados por Tecnologias digitais; Multimodalidade; Inteligências Artificiais; Tecnologia e Desinformação; Discurso de Ódio; Humanidades Digitais; Linguagens e Gêneros Digitais; Práticas Discursivas Digitais; Tecnologias Persuasivas; Letramentos Digitais.
ORGANIZADORES:
João da Silva Araújo Júnior (UFMA)
Ana Lúcia Rocha Silva (UFMA)
João Paulo Eufrázio de Lima (UVA)
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POR UMA (RE) FORMAÇÃO DA HISTÓRIA DA LITERATURA BRASILEIRA
V. 14 N. 27 (2023)Em 1979, foi publicado pela coleção Brasiliana, da Companhia Editora Nacional, uma “interpretação antropológica” sobre os escravos no Brasil, a partir de anúncios em jornais brasileiros do século XIX. O estudo de Gilberto Freyre inaugura um olhar para o aspecto mercadológico e cotidiano do escravo por meio da imprensa. Anunciado no meio da diversidade das páginas de anúncios dos jornais, a vida do homem preto é posta em jogo não apenas como um objeto, mas como um animal. Em 1871, uma nota, no jornal Publicador Maranhense, sobre a publicação do Cantos à Beira-mar sinalizava para o apagamento de sua autora, devido ao seu sexo e a sua cor. Estudos e notas como essa têm evidenciado como é necessário realizar constantes revisões naquilo que foi canonizado como bem cultural nacional. Cada vez mais urge aceitar que a produção literária e sua leitura não está dissociada de outras questões de ordem moral, política e econômica. O estudo das práticas sociais e culturais, dessa forma, amplia o conjunto literário, ao passo que o particulariza, tendo em vista, que não se admite mais, categoricamente, a concepção de uma Literatura Nacional, essa expressa nos Manuais de História da Literatura, pelo menos até meados do século XIX, como patrimônio de Portugal e do Brasil. Igualmente, os estudos da historiografia brasileira já demonstram que exclusões foram aplicadas compulsoriamente em relação aquilo e/ou aquele que deveria representar a Literatura. Portanto, discutir a Literatura Brasileira a partir da tradição ao contemporâneo, à primeira vista, pode parecer um tanto abrangente quando propomos pensar o Brasil. Todavia, quando observados os limites teóricos propostos por Antonio Candido (2006), nos quais a Literatura Brasileira teria suas origens a partir de meados do século XVIII e a firmação no XIX, o escopo de análise daquilo que se chama Nacional diminui consideravelmente. A História da Literatura vista por essa perspectiva considera aspectos históricos, culturais e estéticos para erigir a memória literária do Brasil. Debater a produção contemporânea é, igualmente, compreender o lugar dos seres humanos na sociedade atual e situá-los em discussões, revisões e reflexões que dialogam com uma tradição edificada em bases solidificadas historicamente desde o final do século XIX e início do XX. Karl Erik Schøllhammer (2009), por sua vez, apresenta concepções estéticas das produções literárias contemporâneas e as relações com a tradição da literatura brasileira. Nesse sentido, este dossiê acolhe estudos que se debrucem a revisar, discutir e revisitar aspectos da tradição literária brasileira do século XIX ao XXI, tais como: qual o lugar que ocupa o Brasil na produção literária global, seja a atual, seja a de séculos anteriores, bem como as representações sociais, políticas, econômicas e culturais no Brasil contemporâneo.
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DOSSIÊ LITERATURA MARANHENSE: Minha terra tem palmeiras, tambores e mistérios
V. 13 N. 26 (2022)“… troco escravidão por liberdade, por ampla liberdade! ”
Maria Firmina dos Reis
Úrsula, 1859
O Dossiê LITERATURA MARANHENSE pretende reunir artigos, ensaios, entrevistas, apresentações e resenhas sobre textos de autores maranhenses, cuja finalidade é, além de divulgar um material consistente e amplo sobre escritores e poetas relevantes da terra de Maria Firmina dos Reis (no ano de seu bicentenário, 2022), incentivar a pesquisa na área em questão. Será coordenado pelos professores Dino Cavalcante, José Neres e Mauro Cezar Vieira.
A LITERATURA MARANHENSE produziu, ao longo dos Séculos XIX (com Gonçalves Dias, João Francisco Lisboa, Trajano Galvão de Carvalho, Sousândrade, Celso Magalhães, Aluísio Azevedo, entre outros) e XX (com Coelho Neto, Maranhão Sobrinho, Viriato Corrêa, Humberto de Campos, Josué Montello, Ferreira Gullar, Nauro Machado, Arlete Nogueira, Conceição Aboud, para citar apenas alguns nomes), e continua produzindo, nestas duas décadas do XXI (com Salgado Maranhão Welington Carvalho, Wanda Cunha, Luiza Cantanhede e muitos mais), obras de valor literário ímpar no panorama do Brasil. Por isso, o dossiê ora apresentado tem o intuito de concentrar e dar a conhecer ao público a fortuna crítica acerca da literatura maranhense, pois é urgente que se amplie a divulgação de tais estudos que são valiosos na composição do escopo dos estudos literários deste país.
Editores:
Prof. Dr. Dino Cavalcante
Prof. Dr. José Neres
Prof. Me. Mauro Cezar Vieira
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PERSPECTIVAS EM ANÁLISE DO DISCURSO: múltiplos objetos
V. 13 N. 25 (2022)"Supor que, pelo menos em certas circunstâncias, há independência do objeto face a qualquer discurso feito a seu respeito, significa colocar que, no interior do que se apresenta como universo físico-humano (coisas, seres vivos, pessoas, acontecimentos, processos...) “há real”, isto é, pontos de impossível, determinando aquilo que não pode ser “assim”. (O real é o impossível... que seja do outro mundo). Não descobrimos, pois, o real: a gente se depara com ele, dá de encontros com ele, o encontra" (PÊCHEUX, 1998, p. 29).
"Por sua própria forma de proceder, a análise do discurso tem uma força crítica, mesmo que os pesquisadores não se interessem por temas sensíveis como o machismo ou o neocapitalismo, mesmo que eles não considerem que as ciências humanas e sociais devam estar a serviço de uma emancipação. Pode-se, assim, contestar a própria ideia de que haveria uma análise do discurso sem nenhuma dimensão crítica e outra que se caracterizaria por uma finalidade crítica plenamente assumida" (MAINGUENEAU, 2015, p. 59).
Imbuídos dessa ideia de que o discurso é um construto de múltiplas dimensões e de que apreendê-lo é, em essência, assumir uma postura crítica, propomos uma edição da Littera dedicada aos estudos em Análise do Discurso de linha francesa. Pretende-se reunir artigos científicos, resenhas e ensaios sobre temas dessa área, que tenham por objetivo analisar um corpus relacionado aos mais diversos campos - político, religioso, midiático, etc. para investigar os modos de funcionamento dos discursos em circulação na contemporaneidade. Da mesma forma, serão também acolhidos trabalhos que discutam conceitos basilares e conceitos desenvolvidos mais recentemente para refletir sobre questões relacionadas a discursos autoritários (machismo, racismo, LGBTQIA+fobia, dentro outros) e aos de resistência (feminismo, negritude etc.).
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Literaturas Africanas - caminhos, cotejos, identidades
V. 12 N. 24 (2021)É inegável que a África, como continente e como espaço de expressão literária e artística, vem chamando a atenção de inúmeros acadêmicos nos últimos anos, sobretudo através dos estudos pós-coloniais (ASHCROFT, 2013). Esse interesse não se deve apenas ao seu visível exotismo, mas à narração (ficcional ou não) de questões espinhosas em termos de sociedade, de identidade e de desenvolvimento histórico e cultural (FANON, 2008, GIKANDI, 2009), cujos reflexos permanecem sendo sentidos, e que têm desdobramentos em outras partes do mundo, como as Américas Central e do Sul, majoritariamente, por conta do legado colonial compartilhado. Nessa perspectiva, Ngũgĩ wa Thiong’o (1987) argumenta que a linguagem nas literaturas africanas não pode ser significativamente discutida desconsiderando as forças sociais que a criaram. Logo, a literatura apresenta-se como o estímulo para maiores debates sobre abismos humanitários de diferentes ordens. O desafio para os estudos sobre literaturas africanas, contudo, é evitar cair nas armadilhas de uso, por exemplo, do que o escritor queniano Binyavanga Wainaina (1971-2019) ironicamente destaca como palavras-chave estereotipadas, tais como “safari” ou “escuridão” em títulos de trabalhos, e ‘Zulu”, “céu”, “grande”, “sombra”, “sol” ou “Nilo” em subtítulos (WAINAINA, 2005).
Com base nesses argumentos iniciais, a proposta do dossiê é mostrar que a África é muito mais do que esses e outros estereótipos, realçando a riqueza artística, literária e cultural do continente (KANNEH, 1998), nas suas mais diversas formas de expressão.
Para tanto, serão aceitos artigos, resenhas e entrevistas, bem como traduções inéditas (de artigos, entrevistas ou excertos literários, acompanhados das devidas cartas de autorização) que abordem tópicos relacionados às literaturas africanas - seja no âmbito da literatura comparada (literaturas africanas e brasileira, por exemplo), seja nos estudos de tradução ou nos estudos das literaturas africanas de expressão francesa, inglesa ou portuguesa, e suas inter-relações.
Referências
ASHCROFT, Bill; GRIFFITHS, Gareth; TIFFIN, Helen. (Eds.). Postcolonial Studies. The Key Concepts. 3rd ed. London, New York: Routledge, 2013.
_____. The Empire Writes Back: Theory and Practice in Post-Colonial Literatures. London, New York: Routledge, 1989.
FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. Trad. Renato da Silveira. Salvador: Edufba, 2008.
GIKANDI, Simon. Cambridge Studies in African and Caribbean Literature. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
KANNEH, Kadiatu. African Identities: Race, Nation and Culture in Ethnography, Pan-Africanism and Black Literatures. London: Routledge, 1998.
WAINAINA, Binyavanga. How to Write About Africa. Granta, Londres, n. 92, 2005. Disponível em: <https://granta.com/how-to-write-about-africa/> Acesso em: 24 fev. 2021.
THIONG’O, Ngũgĩ wa. Decolonising the Mind: The Politics of Language in African Literature. London: James Currey, 1987.
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VELOZ É O INSTANTE DO SALTO: LITERATURA E BIOGRAFIA EM OSMAN LINS
V. 12 N. 23 (2021)Conjunto de artigos que erigem estudo minucioso dos elementos biográficos do texto osmaniano, não apenas enumerando-os ou mesmo identificando-os, apontando o papel que exerceram na concepção e elaboração de suas obras, mas também acenando para as próprias regras do traçado escritural de Lins: os recursos, as estratégias, todo o arsenal utilizado em sua oficina, levando em conta a questão dos traços pessoais e realísticos que surgem em sua obra literária. -
Estudos da Linguagem. Discursividades sobre os corpos: multiplicidade de sentidos
V. 12 N. 22 (2021)Pesquisas ancoradas tanto nos princípios estruturalistas da semiótica francesa quanto nas mais variadas vertentes da Análise do Discurso que podem ainda ser ampliados e aprofundados em virtude de sua natureza diversa e rica em princípios passíveis de empréstimo a outras áreas para exame de semioses não verbais ainda em processo de investigação. Nesta linha de raciocínio e abrindo-se a reflexões diversificadas que abarcam esta temática das discursividades sobre os corpos. -
Raça, gênero e brasilidade: discursos, identificações, subjetividades
V. 9 N. 17 (2018)