“Close” e a impossibilidade da infância queer

Autores

  • DJALMA THURLER Universidade Federal da Bahia
  • DUDA WOYDA Universidade Federal da Bahia
  • FÁBIO DI ROCHA Universidade Federal da Bahia

Palavras-chave:

infância queer, impossibilidade, cinema contemporâneo, afetos dissidente

Resumo

O texto aborda a impossibilidade queer na infância como um marcador trágico no tecido social contemporâneo, tomando o filme “Close” (2022), dirigido por Lukas Dhont, como um eixo central de análise.  A narrativa aborda as complexidades das relações afetivas entre dois meninos em um contexto de normatividade heterossexual que patologiza a intimidade e relega o afeto a uma esfera de suspeita. Explorando as sutilezas do afeto entre as personagens Léo e Rémi, o artigo desvenda como a norma social impõe limites ao possível-afetivo, transformando laços de amizade e amor em experiências de exclusão, silêncio, dor e morte. Ao sugerir uma crítica às políticas de identidade, este estudo, a partir de uma analítica queer, propõe a leitura da infância queer como fagulha do impossível, território dissidente que desafia convenções dominantes.

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Biografia do Autor

DJALMA THURLER, Universidade Federal da Bahia

Doutor em Letras pela Universidade pela Universidade Federal Fluminense, UFF

DUDA WOYDA, Universidade Federal da Bahia

Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade, UFBA

FÁBIO DI ROCHA, Universidade Federal da Bahia

Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade, UFBA

Referências

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Publicado

2025-05-23

Como Citar

THURLER, D. ., WOYDA, D., & DI ROCHA, F. (2025). “Close” e a impossibilidade da infância queer. Revista Interdisciplinar Em Cultura E Sociedade, 1–17. Recuperado de https://cajapio.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/26656

Edição

Seção

Área Livre