POLÍTICA DE SAÚDE E ORGANIZAÇÕES SOCIAIS: limites para a consolidação da universalização da saúde no Rio de Janeiro
DOI :
https://doi.org/10.18764/2178-2865.v20n1p153-170Résumé
Historicamente, o debate em torno da política de saúde sempre representou uma das questões mais complexas e contraditórias no âmbito da questão social no Brasil. Neste sentido, podemos afirmar que a saúde é parte e expressão da estrutura macrossocietária e suas interfaces com a ordem capitalista hegemônica. A perspectiva de loteamento das urgências e emergências hospitalares no Rio de Janeiro revela a lógica de subordinação da saúde às relações sociais estabelecidas pela égide neoliberal, suscitando contradições entre público e privado, que colocam em xeque a linguagem pública dos direitos sociais em nome dos ideais mercantilistas. O presente estudo apresenta reflexões que apontam para a consolidação de um modelo de gestão na saúde, que privilegia a perspectiva privatizante dos serviços, fortalecendo a lógica de desconstrução do modelo de atendimento enquanto sistema único, além de incidir diretamente no direito de cidadania, provocando fraturas profundas no processo de construção da política de saúde.
Palavras-chave: Saúde, Organizações sociais, Cidadania.
HEALTH POLICY AND SOCIAL ORGANIZATIONS: limits for the consolidation of universal health in Rio de Janeiro Abstract: Historically, the debate over health policy has always represented one of the most complex and contradictory issues in the social question in Brazil. In this sense, we can say that health is part and expression of corporate structure and its interfaces with the hegemonic capitalist order. The prospect of allotment emergency rooms and hospital emergencies in Rio de Janeiro reveals the health subordination of logic to social relations established by neoliberal auspices, raising contradictions between public and private, which call into question the public language of social rights in the name of mercantilist ideals. This study presents reflections related to the consolidation of a health management model, which focuses on privatization perspective of services, strengthening the deconstruction of logic of the service model as a single system, and focus directly to the right of citizenship, causing deep fractures in the process of construction of a health policy. Key words: Health, Social organizations, Citizenship.
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