A PRECARIZAÇÃO ESTRUTURAL DO TRABALHO NA CIVILIZAÇÃO DO CAPITAL EM CRISE: o precariado como enigma contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2865.v18nEp225-239Palavras-chave:
Crise do Capital, Condição de Proletariedade, Precarização Estrutural do Trabalho, PrecariadoResumo
No contexto da civilização contemporânea do capital, este artigo enfoca a precarização estrutural do trabalho, a expressar uma nova morfologia laboral, na temporalidade histórica da crise estrutural do capital. Salienta a nova forma de precarização ampliada do trabalho, nos marcos da “maquinofatura”, a perpassar experiências de diferentes segmentosde trabalhadores e trabalhadoras, encarnando o estranhamento do “homem-que-trabalha” a manifestar-se na totalidade da sua vida e na cotidianeidade. Demarca a universalidade da condição de proletariedade, como condição existencial de homens e mulheres que vivem sob a ordem burguesa, em tempos de capitalismo global. Analisa a emergência e
constituição do precariado como uma camada social da classe trabalhadora que, nesta segunda década do século XXI, se amplia e ganha visibilidade nos países capitalistas considerados centrais. Delineia vias analíticas distintas na busca de explicação do precariado no interior da nova temporalidade histórica do sistema do capital, em meio às suas contradições. Configura esta camada precarizada de trabalhadores na articulação entre faixa geracional, grau educacional e forma de inserção no trabalho e no mundo social, questionando a força emancipatória das lutas desse precariado. Sustenta, como via de estudo, que o precariado está a afirmar-se no cenário brasileiro, constituindo a base social dos movimentos sociais que irromperam, na vida brasileira, em junho e julho de 2013. Por fim, afirma ser o precariado um enigma contemporâneo,
a ser desvendado pelo pensamento crítico e radical neste século XXI.
Palavras-chave: Crise do Capital, condição de proletariedade, precarização estrutural do trabalho, precariado.
THE STRUCTURAL PRECARIOUSNESS OF WORK IN THE CIVILIZATION OF THE CAPITAL IN CRISIS: the precariat as a contemporaneous enigma
Abstract: Within the context of the current civilization of capital, this article approaches the structural precariousness of labor, that tends to express a new work morphology, in the historical timeline of the capital crisis It highlights the new enlarged form of labor precariousness, within the limits of the “machine-facture process”, that brings forth experiences from different segments of workers giving shape to the estrangement of the “man-who-works” that is seen along his daily life. It demarcates the universality condition of the proletariat ,as an existence-related situation of men and women who live under the bourgeoisie, at a time of global capitalism. It analyses the surge and constitution of precariousness as a
social stratum from the working class that is gaining space and visibility in major capitalist countries in this second decade of the twenty-first century. It delineates distinct analytic lines in search of explaining precariousness according to the new historical timeline of capital, amid its contradictions. It configures this precariousness-dominated stratum of workers in the articulation of factors such as age, education and insertion in the work force and the social world, questioning the fighting emancipation force of it. It sustains, as a mean of study, that the proletariat is establishing itself within the Brazilian scenario, shaping up the social basis of social movements that made their way to the Brazilian life in June and July of
2013. Finally, it affirms that precariousness of labor is a contemporaneous enigma to be solved by the critical and radical thinking within the current century.
Keywords: Capital crisis, proletariat condition, structural precariousness of labor, labor precariousness.
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Publicado
2014-08-05
Como Citar
CARVALHO, Alba Maria Pinho de.
A PRECARIZAÇÃO ESTRUTURAL DO TRABALHO NA CIVILIZAÇÃO DO CAPITAL EM CRISE: o precariado como enigma contemporâneo
. Revista de Políticas Públicas, v. 18, p. 225–239, 5 Ago 2014 Disponível em: https://cajapio.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/2713. Acesso em: 27 nov 2024.Edição
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