JUSTIÇA RESTAURATIVA: os riscos burocráticos à concretização da democracia constitucional no sistema de justiça criminal brasileiro sob o olhar da criminologia crítica.

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n37.2022.47

Mots-clés :

Constituição, Justiça Restaurativa, Democracia Constitucional, Justiça Criminal, Criminologia crítica

Résumé

Este texto busca verificar os possíveis impactos da Justiça Restaurativa na democratização do sistema jurídico-penal do Brasil e na concretização dos direitos fundamentais. Busca avaliar possíveis riscos trazidos por nossa cultura burocrática, e como livrar-se das amarras da burocracia estatal para que elas não impeçam o desenvolvimento das políticas públicas e comunitárias.  Para tanto, utiliza-se do método sistêmico de Teoria da Sociedade Niklas Luhmann, observando o ordenamento jurídico enquanto um sistema aberto e o aporte teórico da criminologia crítica, pois, há décadas denuncia a violência e a seletividade da pena criminal e a justiça restaurativa é uma possibilidade de seguimos por um horizonte mais humanizado na construção de uma justiça menos excludente e na redução de danos tanto de acusados e vítimas no sistema criminal brasileiro.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Lenice Kelner, Universidade Regional de Blumenau

Pós Doutora em Criminologia (UERJ). Doutora em Direito Público (UNISINOS). Mestre em Ciência Jurídica (UNIVALI). Especialista em Direito Penal e Processual Penal (FURB). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa CNPq: Constitucionalismo, Cooperação e Internacionalização -CONSTINTER, e Grupo de Pesquisa CNPq: Direitos Fundamentais, Cidadania e Justiça, atuando nas linhas: Cidadania e Direitos Humanos; Dignidade da Pessoa Humana, Atividade Econômica e Controle Penal. Professora titular do Curso de Direito da Universidade Regional de Blumenau na Graduação e no Programa de Pós-Graduação (FURB). Advogada.

Feliciano Alcides Dias, Universidade Regional de Blumenau

Doutor em Direito Público pela UNISINOS. Mestre em Ciências Jurídicas pela UNIVALI. Professor e pesquisador do Programa de Mestrado em Direito (PPGD) da Universidade Regional de Blumenau – FURB. Professor e Coordenador da Escola de Magistratura do Estado de Santa Catarina – ESMESC, extensão em Blumenau. Líder do Grupo de Pesquisa SINJUS - Sociedade, Instituições e Justiça (CNPq-FURB). Integrante dos Grupos de Pesquisa Direitos Fundamentais, Cidadania & Justiça e Direito, Tecnologia e Inovação – DTIn (CNPq-FURB). Diretor do Centro de Ciências Jurídicas da FURB. Advogado. Árbitro.

Giordani Alexandre Colvara Pereira, Universidade Regional de Blumenau

Mestrando do PPGD em Direito da FURB – Fundação Universidade de Blumenau/SC, especialista em Direito Penal.  Graduado em Direito (Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC) e em Ciências Sociais (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC), servidor de carreira e Facilitador Restaurativo da Justiça Federal de Santa Catarina.

Références

ANDRADE, Vera Regina Pereira. Pelas mãos da criminologia: o controle penal para além da (des)ilusão. Rio de Janeiro: Revan, 2002.

ANDRADE, Vera Regina Pereira. Sistema Penal Máximo e Cidadania Mínima: códigos da violência na era da globalização. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003.

ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Pilotando a Justiça restaurativa: o papel do poder judiciário. Conselho Nacional de Justiça - CNJ. Brasília – DF, 2017. Disponível em:http://www.cnj.jus.br/eventos-campanhas/evento/448-seminario-justica-pesquisa-2017. Acessado em 12.02.22.

BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal. Trad. Juarez Cirino dos Santos, 2. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora, 1999.

BAUMAN, Z. Modernidade e holocausto. Tradução de Marcus Penchel. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1998.

BELLO, Enzo; BERCOVICI, Gilberto; LIMA, Martonio Mont’Alverne Barreto. O Fim das Ilusões Constitucionais de 1988. Revista Direito e Praxis. Rio de Janeiro, 2019, vol. 10, n. 3, jun/set. 2019, p. 1769-1811.

CANOTILHO, JJ. GOMES. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7 ed. Coimbra: Livraria Alamedina, 2003.

ELLIOT, Elizabeth M. Segurança e Cuidado. Justiça Restaurativa e sociedades saudáveis. São Paulo: Palas Athena, 2018.

FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão. Trad. Ana Paulo Zomer e outros. São Paulo: Revista dos tribunais, 2002.

GIDDENS, A. Sociologia. 6. ed. Porto Alegre: Penso, 2012.

KELNER, Lenice. A inconstitucionalidade das penas cruéis e infamantes: da voz da criminologia crítica à voz dos encarcerados. Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2018.

LASALLE, Ferdinand. O que é constituição? Leme: Edijur, 2012.

LUHMANN, N. Introducción a la teoria de sistemas. México D.F, Universidad Iberoamericana, 1986

KAFKA, Franz. O Processo. Porto Alegre: L&P, 2015.

MELO, Milena Petters. Constitucionalismo e Democracia plural na América Latina. In: MELEU, M; LIXA, I.F.M; DIAS, F. A. [Orgs]. Constitucionalismo, Democracia e Direitos Fundamentais. V. 2. Tomo I. Blumenau: LAWeducare, 2021, p. 85-98

MERTON, R. K. Sociologia — teoria e estrutura. São Paulo: Mestre Jou, 1968

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1990.

PRANIS, Kay. Processos Circulares. São Paulo. Palas Athena, 2010.

ROXIN, Claus. Sentido e limites da pena estatal, in “Problemas fundamentais de Direito Penal”, trad. Ana Paula dos Santos Luís Natscheradetz, Lisboa: Veja, 1998

SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988. 9. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011

WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1967

ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Trad. Tônia Van Acker: São Paulo: Palas Athena, 2012.

Téléchargements

Publié-e

2022-12-13

Comment citer

Kelner, L., Dias, F. A., & Pereira, G. A. C. (2022). JUSTIÇA RESTAURATIVA: os riscos burocráticos à concretização da democracia constitucional no sistema de justiça criminal brasileiro sob o olhar da criminologia crítica. Revista Húmus, 12(37). https://doi.org/10.18764/2236-4358v12n37.2022.47

Numéro

Rubrique

Perspectivas do Direito, Educação e Literatura