Literatura e Rebelião: Uma análise da literatura Beat a partir de uma concepção de resistência política
Palavras-chave:
literatura, resistência, valoresResumo
O presente artigo visa contribuir com uma análise do movimento literário beat enquanto movimento de resistência frente aos valores da sociedade norte-americana no período que antecede e durante as manifestações de contracultura dos anos de 1960. Para tanto, utilizaremos como referencial teórico, o pensamento do filósofo Herbert Marcuse. Nesse sentido ou direção, em Marcuse, a arte não pode representar a revolução; ela pode apenas invocá-la em outro meio, numa forma estética em que o conteúdo político torna-se metapolítico, governado pela necessidade interna de arte. Nesse caso, a partir de Marcuse e escritores do movimento literário beat, podemos afirmar que a maioria das grandes obras de arte desde o século XIX representa uma revolta contra a burguesia, uma contestação ao capitalismo, da brutalidade da indústria, da desestruturação das relações humanas e da razão instrumental. Ao analisarmos a produção literária beat, levamos em conta o fato de que, para se engajar, as manifestações artísticas não tenham necessariamente que se vincularem a nenhuma doutrina política. A ideia de ação política presente na obra dos autores beats não se reportava a uma posição dogmática-marxista.
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