Aplicativos para o ensino-aprendizagem de línguas indígenas de povos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2865v29n1.2025.20Palavras-chave:
Políticas públicas, ensino-aprendizagem, aplicativo móvel, línguas indígenas, NheengatuResumo
Este estudo de caso analisa o processo de implantação do Nheengatu app, que é considerado o primeiro aplicativo voltado para o ensino-aprendizagem de línguas indígenas de povos no Brasil. Como procedimentos metodológicos, aplica a pesquisa documental, observação assistemática, observação participante e análise de conteúdo. Os dados obtidos foram interpretados de acordo com o Ciclo de Políticas Públicas, com ênfase na teoria dos Múltiplos Fluxos de Kingdon. A investigação demonstrou que a autora do projeto Nheengatu app, que recebeu recursos da Lei nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, se encaixa na teoria do ator empreendedor de políticas públicas de Kingdon e, os conceitos do ciclo de políticas públicas se aplicam à realidade da implantação de tal política pública
Downloads
Referências
ACOSTA, A. O Bem Viver, São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo; Autonomia Literária; Elefante, 2016.
ALMEIDA, Lia de Azevedo; GOMES, Ricardo Corrêa, 2019. Processo das políticas públicas: revisão de literatura, reflexões teóricas e apontamentos para futuras pesquisas. Rio de Janeiro: Cad. EBAPE.BR, 2018.
BORGES, Luiz C. O Nheengatu: Uma Língua Amazônica. Papia: Vol. 4, nº2, 44-55. CNPq/Museu de Astronomia e Ciências Afins do Rio de Janeiro, 1996.
BRASIL. Constituição 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2016.
BRASIL. Decreto nº 7.387, de 9 de dezembro de 2010. Inventário Nacional da Diversidade Linguística. Brasília: Ministério da Cultura. 2010.
BRASIL. Lei nº 14.017, de 29 de junho de 2020. Dispõe sobre ações emergenciais destinadas ao setor cultural a serem adotadas durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº6, de 20 de março de 2020. Brasília, 2020.
CAPELLA, Ana Cláudia Niedhardt. Estudos sobre formação da agenda de políticas públicas: um panorama das pesquisas no Brasil. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro. 2020.
CASSELS, Morgan; FARR, Chloë. Mobile applications for Indigenous language learning: Literature review and app survey. Working Papers of the Linguistics Circle of the University of Victoria, 2019.
CELLARD, A. A Análise Documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis:Vozes, 2008.
COHEN, Michael D.; MARCH, James G.; OLSEN, Johan P. A Garbage Can Model Of Organizational Choice. Administrative Science Quarterly 17:1-25, 1972.
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS (CHS) - Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016. DOU nº 98, 24 de maio de 2016. Plenário do Conselho Nacional de Saúde, 2016.
COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL (CGI). Painel TIC Covid-19 - 4ª edição. CGI, 2022.
FREIRE, José Ribamar Bessa. Rio Babel: a história das línguas na Amazônia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011.
FOLHA DE S. PAULO. Línguas ameaçadas ganham espaço em apps de ensino de idiomas. São Paulo, 2021.
FUNDAÇÃO CULTURAL DE CHAPECÓ. Edital nº 008/2023 - Lei Paulo Gustavo - Multilinguagens. Chapecó-SC, 2023.
GOOGLE PLAY STORE. Duolingo. App, 2021.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2010. Brasil, 2012.
INSTITUTO CULTURAL VALE. Edital Casa da Cultura de Canaã dos Carajás Apoia 2021. Pará, 2021.
INSTITUTO FEDERAL DO ACRE (IFAC). Edital nº 14/2022-PROEX/IFAC. Apoio às atividades de extensão. Rio Branco: IFAC, 2022.
INSTITUTO FEDERAL DO ACRE (IFAC). Edital nº 15/2022-PROEX/IFAC. Apoio às atividades de extensão. Rio Branco: IFAC, 2022.
KINGDON, John W. Agendas, Alternatives, And Public Policies. 2nd ed. Harlow: Pearson Education, 2014.
KINGDON, John W. (1995). Agendas, Alternatives, And Public Policies. HarperCollins CollegePublishers. in SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete. (2007). Políticas Públicas – Coletânea Volume 1, 2007.
KOOLE, M. Mobile Learning as a Tool for Indigenous Language Revitalization and Sustainability. Canada: Framing the Challenge. International Journal of Mobile and Blended Learning, 2018.
KRENAK, Ailton. Ideias Para Adiar O Fim Do Mundo. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003.
MOREIRA, Claudia Regina Baukat Silveira. A análise de políticas educacionais por meio do modelo de múltiplos fluxos. Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, 2020.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Resolução 71/178 de 19 de dezembro de 2016. Rights of indigenous peoples. ONU, 2016.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Resolução 74/135, de 18 de dezembro de 2019. Década Internacional das Línguas Indígenas 2022 - 2032. ONU, 2019.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA (UNESCO). Atlas Of The World’s Languages In Danger. Paris: UNESCO Publishing, 2010.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA (UNESCO). Los Pinos Declaration [Chapoltepek] – Making a Decade of Action for Indigenous Languages. 2020.
OVIDE, E.; GARCÍA-PENÃLVO, F. J. Internet technologies as a tool in indigenous education: the case of the Wichi People in “The Impenetrable” area in Argentina in Proceedings of the Fourth International Conference on Technological Ecosystems for Enhancing Multiculturality (p. 441-445). Salamanca, Spain: Association for Computing Machinery, 2016.
PARÁ, Estado do. Decreto Estadual nº 1.025, de 4 de setembro de 2020. Belém, 2020.
RUBIM, Altaci Corrêa; BOMFIM, Anari Braz; SILVA MEIRELLES, Sâmela Ramos da. Década internacional das línguas indígenas no brasil: o levante e o protagonismo indígena na construção de políticas linguísticas. In: Políticas linguísticas para comunidades minoritarizadas/marginalizadas no Brasil. Work. Pap. Linguíst., 23(2), Florianópolis, 2022.
SAMPAIO, Rafael Cardoso; LYCARIÃO, Diógenes. Análise de conteúdo categorial: manual de aplicação. Brasília: Enap, 2021.
SECCHI, Leonardo; COELHO, Fernando de Souza; PIRES, Valdemir. Políticas públicas: conceitos, casos práticos, questões de concurso. 3ª ed. São Paulo: Cengage, 2022.
SECCHI, Leonardo. Análise de políticas públicas: diagnóstico de problemas, recomendação de soluções. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
SECULT-PA; INSTITUTO ÁGATA. Edital de Cultura Digital - Lei Aldir Blanc Pará. Belém, 2020.
SJÖBLOM, G. Problemi e soluzioni in politica. Rivista Italiana di Scienza Politica, v. 14, n. 1, p.41-85, 1984.
STOCKWELL, G. Using mobile phones for vocabulary activities: examining the effect of the platform. Language Learning and Technology, 2010.
TUKANO, Álvaro. Sociedade da informação para as comunidades indígenas. Entrevista concedida no dia 15 de março de 2006 no Ibict (p.113-122). Brasília: Ibict, 2006.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.
VAZ FILHO, Florêncio Almeida; SILVA, Sâmela Ramos da. O Nheengatu No Rio Tapajós: Revitalização Linguística e Resistência Política. A Produção do Conhecimento nas Letras, Linguísticas e Artes. Belo Horizonte: Atena Editora, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS
REVISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Termo de Transferência de Direitos Autorais
Como condição para a submissão, os autores devem declarar a autoria do trabalho e concordar com o Termo de Cessão de Direitos Autorais, marcando a caixa de seleção após a leitura das cláusulas)
- Declaro que participei da elaboração do trabalho referido, em parte ou no todo; que não omiti qualquer ligação ou acordo de financiamento entre os autores e instituições ou empresas que possam ter interesses na publicação desse trabalho;
- Declaro tratar-se de texto original, isento de compilação, em parte ou na íntegra, de minha autoria ou de outro (os) autor (es);
- Declaro que o texto não foi enviado a outra revista (impressa ou eletrônica) e não o será enquanto a possibilidade de sua publicação esteja sendo considerada pela RPP;
- Declaro que transfiro os direitos autorais do trabalho especificado para a RPP, comprometendo-me a não reproduzir o texto, total ou parcialmente, em qualquer meio de divulgação, impresso ou eletrônico, sem prévia autorização dessa Revista.
- Declaro que tenho conhecimento que a cessão do texto à RPP é gratuita e, portanto, não haverá qualquer tipo de remuneração pela sua utilização.

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.