Reformas no ensino médio e as investidas do neoliberalismo contra a educação pública no Maranhão
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2865v29n1.2025.27Palavras-chave:
Reforma, ensino médio, neoliberalismo, resistênciasResumo
Este artigo é produto de uma pesquisa realizada no âmbito do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Maranhão – LEPECS/UEMA, entre 2022 e 2024. O objetivo foi analisar a implantação do Novo Ensino Médio, a partir de 2017, nas escolas da rede pública no Maranhão, em face (ao) do avanço do neoliberalismo no país. Com inspiração na sociologia reflexiva (Bourdieu, 1998), foram adotados procedimentos metodológicos qualitativos e quantitativos, incluindo visitas às escolas, entrevistas com professores/as de sociologia e gestores, rodas de conversas com alunos/as, observação em eventos, pesquisa documental, da legislação e bibliográfica. O estudo constatou que as reformas restringem o lugar das ciências sociais, impõem um malabarismo cotidiano para fugir da exclusão, desencadeando processos de resistência e de mobilização em face (aos) dos desafios.
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