PAULO FREIRE & GALDINO PATAXÓ – 25 ANOS DE INDIGNAÇÃO E BUSCA POR JUSTIÇA SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229v29n4.2022.64Palavras-chave:
Paulo Freire, Povos Indígenas, Galdino Pataxó, Lei nº 11.645/2008, Pedagogia ameríndiaResumo
O objetivo deste texto é apresentar uma reflexão sobre o pensamento freireano e suas relações com os povos indígenas a partir da leitura de “Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos” (FREIRE, 2000). O foco da análise foi a 3ª carta que trata do crime cometido contra Galdino Pataxó, liderança indígena que se encontrava em Brasília no dia 19 de abril de 1997 para reivindicar providências para o seu território e neste contexto foi brutalmente assassinado por 5 jovens brancos da classe média. O percurso metodológico que possibilitou esta escrita considerou a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental que levou em conta matérias midiáticas, imagens correspondentes e normativa correlata. Os resultados permitem inferir que os últimos escritos de Paulo Freire foram dirigidos para o sofrimento indígena e nesta direção constituem importantes dispositivos para pensar as relações entre educação, sociedade e Direitos Humanos. Disponibilizam elementos de problematização às crueldades sociais e a defesa da vida das populações originárias. Contribui também para a produção de imaginários pedagógicos na direção da Lei nº 11.645/2008, recurso legal que determinou a inserção da temática indígena no currículo escolar. Foi possível concluir que a carta inacabada possibilita desdobramentos teóricos-reflexivos de caráter intercultural relevantes para a educação crítica, popular e ameríndia na contemporaneidade.
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