Associações entre indicadores de burnout e satisfação no trabalho em docentes do ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229v31n1.2024.20Palavras-chave:
professor, estresse ocupacional, trabalho docente, satisfação no trabalho, saúde mental, saúde ocupacionalResumo
A docência é uma profissão gratificante, mas exige desempenho, produtividade e habilidades sociais, podendo ser estressante e conduzir ao adoecimento físico e/ou mental. O presente estudo teve como objetivo analisar possíveis associações entre o burnout e satisfação no trabalho em docentes do ensino superior de uma universidade estadual do centro-oeste paulista. A amostra foi composta por 50 docentes, e os dados foram coletados utilizando um questionário sociodemográfico e acadêmico, o Inventário da Síndrome de Burnout e o Questionário de Satisfação no Trabalho S20/23. A análise dos resultados foi realizada por meio da estatística descritiva, protocolos de análises dos instrumentos e do teste de Correlação de Pearson. Os resultados revelaram que 18% da amostra apresentou indicadores de burnout, sendo que as dimensões mais comprometidas foram o distanciamento emocional (52,0%), exaustão emocional (20,0%), desumanização (10,0%) e realização pessoal (2,0%) respectivamente. Do total, constatou-se que 78,0% dos docentes encontravam-se total ou parcialmente satisfeitos com o trabalho. Foram identificadas correlações positivas entre satisfação no trabalho e realização pessoal e correlações negativas entre satisfação no trabalho e exaustão emocional, distanciamento emocional e desumanização. Concluiu-se que pequena parcela da amostra apresentou indicativos de burnout e insatisfação no trabalho, verificando-se que a maior satisfação no trabalho está associada à maior realização pessoal e a menores chances de desenvolvimento de burnout.
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