Formação continuada de professores: pesquisas brasileiras com docentes de Língua Portuguesa na relação com a escrita
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229v32n2e25815Palavras-chave:
formação de professores, formação continuada, professor de língua portuguesa, produção textualResumo
Este artigo tem como objetivo revisar, sistematizar e analisar as principais contribuições de pesquisas acadêmicas sobre a formação continuada de professores de Língua Portuguesa no Brasil. A questão central é: quais são os principais impactos e limitações das práticas de formação continuada na atuação desses professores, especialmente no ensino da escrita e dos gêneros textuais? A metodologia adotada foi uma revisão bibliográfica, com levantamento realizado em 08 de novembro de 2024 na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Foram utilizados os descritores: formação continuada AND professores de língua portuguesa AND produção textual OR escrita. Após análise de títulos, resumos e palavras-chave, respeitando critérios de inclusão, foram selecionadas 59 dissertações e teses. A análise foi organizada em seis categorias temáticas: Formação continuada e desenvolvimento profissional; Tecnologias e multiletramentos na educação; Ensino de gêneros textuais; Reflexão e identidade docente; Projetos de letramento e práticas colaborativas na escola; Políticas públicas e impactos na formação docente. Este estudo concentra-se em duas categorias mais alinhadas ao tema proposto: Formação continuada e desenvolvimento profissional; Ensino de gêneros textuais. Os resultados apontam avanços na qualificação docente, com ênfase em práticas reflexivas e colaborativas que favorecem o ensino da escrita. No entanto, identificam-se limites na efetividade das formações, principalmente pela dificuldade de integração entre teoria e prática. A pesquisa reforça a necessidade de ações formativas mais contextualizadas e vinculadas ao cotidiano escolar.
Downloads
Referências
ALTENFELDER, Anna Helena. O papel da Olimpíada de Língua Portuguesa: escrevendo o futuro no processo de formação continuada dos professores participantes. 2010. 203 f. Tese (Doutorado em Psicologia da Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
BERNARDON, Dayse Grassi. Formação continuada e suas implicações no trabalho com a produção, correção e reescrita de textos.2016. 309 f. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2016.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD). Disponível em: https://bdtd.ibict.br/vufind/. Acesso em: 08/11/2024.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 26 jun. 2014.
BRASIL. Decreto nº 8.752, de 9 de maio de 2016.Dispõe sobre a Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 10 maio 2016.
BRASIL. Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019.Institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica e define diretrizes para a formação continuada. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 15 abr. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 19 fev. 2002. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/cne/resolucoes/resolucao-cp-2002. Acesso em: 09/11/2024.
CAVALCANTE, Lívia Teixeira Canuto; OLIVEIRA, Adélia Augusta Souto de. Métodos de revisão bibliográfica nos estudos científicos. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 26, n. 1, p. 83-102, abr. 2020.
CHARLOT, Bernard. A pesquisa educacional entre conhecimentos, políticas e práticas: especificidades e desafios de uma área de saber. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 11, n. 31, p. 7-18, jan./abr. 2006.
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.
CUNHA, Maria Isabel da. O tema da formação de professores: trajetórias e tendências do campo na pesquisa e na ação. Educ. Pesqui., São Paulo, n. 3, p. 609-625, jul./set. 2013.
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
DUARTE, Álvaro Vinícius de Moraes Barbosa. A gramática/análise linguística e a formação continuada: trajetórias de formação de cursistas-professores de língua portuguesa do Profletras. 2021. 370 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
FREITAS, Helena Costa Lopes de.30 anos da Constituição: avanços e retrocessos na formação de professores. Revista Retratos da Escola, Brasília, DF, v. 12, n. 24, p. 511-527, nov./dez. 2018. Disponível em: http://www.esforce.org.br. Acesso em: 02 maio 2025.
GATTI, Bernardete Angelina. Duas décadas do século XXI: e a formação de professores? Revista Internacional de Formação de Professores, Itapetininga, v. 7, e022009, p. 1–15, período.2022.
GATTI, Bernadete Angelina. Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out./dez. 2010.
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Ática, 1999.
KLEIMAN, Ângela B. Letramento e suas interfaces. Campinas: Mercado de Letras, 2005.
LUCENA, Ana Maria Silva de. Sujeitos em diálogo na pesquisa com formação: os caminhos da mediação teórica pelas reflexões sobre a prática pedagógica de professores de Língua Portuguesa. 2018. 250 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2018.
MARCELO GARCÍA, Carlos. Formação de professores: para uma mudança educativa. Lisboa: Porto Editora, 1999.
OLIVEIRA, Aurilene Ferreira de. Letramento acadêmico: uma proposta para formação continuada dos professores de língua materna. 2019.266 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019.
PARRO, Marianna Zaroni. Proposta de formação continuada do professor de Língua Portuguesa na perspectiva da escrita processual.2024. 157 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2024.
RODRIGUES, Rosângela Schwarz; NEUBERT, Paula.Introdução à pesquisa bibliográfica. [S.l.]: UNISCED, 2023. Disponível em: https://biblioteca.unisced.edu.mz/bitstream/123456789/3187/1/Introducao_a_pesquisa_bibliografica-Ebook-24ago2023.pdf. Acesso em: 02/05/ 2025.
ROJO, Roxane Helena Rodrigues. Escola e letramentos digitais: aprendizagens, deslocamentos e reconfigurações. In: ROJO, Roxane Helena Rodrigues(org.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. p. 11–36.
ROJO, Roxane Helena Rodrigues. Semióticas contemporâneas: novas formas de ler e escrever no mundo digital. São Paulo: Parábola Editorial, 2013.
ROSA, Marli Aparecida. Contribuições do mestrado em educação para a formação de professores de língua portuguesa.2008. 92 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Católica de Santos, Santos, 2008.
SAVIANI, Dermeval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 40, jan./abr. 2009.
SAVIANI, Dermeval. História da formação docente no Brasil: três momentos decisivos. Educação, Santa Maria, v. 30, p. 11-26, jul./dez.2005.
SILVA, Laureci Ferreira da. Letramentos acadêmico-científicos na formação continuada de professoras de Língua Portuguesa. 2017. 196 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.
SOARES, Isabela Catarina Cunha. Projeto didático de gênero: um estudo a partir do modelo didático de gênero e das capacidades de linguagem mobilizadas em trabalho com cartas de reclamação. 2016. 222 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.
VOSGERAU, Dilmeire Sant’Anna Ramos; ROMANOWSKI, Joana Paulin. Estudos de revisão: implicações conceituais e metodológicas. Diálogo Educacional, Curitiba, v. 14, n. 41, p. 165-189, jan./abr. 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Cadernos de Pesquisa está licenciada com a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
