CRIATIVIDADE NO ENSINO DE GEOGRAFIA PARA SURDOS: propostas para uma aprendizagem melhor
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229.v25n1p63-77Palavras-chave:
Criatividade, Educação de surdos, Ensino de Geografia, Anos iniciais do ensino fundamental,Resumo
A prática pedagógica na educação de surdos exige estratégias diferenciadas. Assim sendo, indagamo-nos: pensar o processo de ensino-aprendizagem, por um viés criativo, pode auxiliar-nos nessa empreitada? Neste ensaio, temos como objetivo propor uma reflexão sobre o ensino de Geografia para surdos, nos anos iniciais do ensino fundamental, a partir de autores que versam sobre a criatividade e a educação de surdos. Para isso, realizamos levantamento bibliográfico de textos e obras que abarcaram o tema da criatividade (OSTROWER, 2001; VYGOTSKY, 2014; MORGON, 2013), do jogo (HUIZINGA, 2000; AIZECANG, 2005), da brincadeira (BENJAMIN, 2002) e do ensino para surdos (KELMAN, 2011). As nossas hipóteses são de que práticas docentes criativas promovem um ensino mais significativo e de que a produção de materiais, técnicas, meios e mídias relativos à Geografia podem facilitar a compreensão dos estudantes surdos. Assim, refletimos sobre sugestões de trabalho com esse alunado, visando atender suas singularidades, em uma perspectiva criativa de ensino, que desenvolva a “alfabetização espacial” nas aulas de Geografia. As propostas pedagógicas basearam-se, principalmente, nos conceitos de imaginação específica (OSTROWER, 2001) e de comunicação multimodal (KELMAN, 2011), no conceito peirciano de musement (MORGON, 2013) e nos princípios de jogo e brincadeira (HUIZINGA, 2000; AIZECANG, 2005; BENJAMIN, 2002). Os resultados do estudo apontam para a necessidade de se reconhecer a materialidade específica da língua de sinais e a importância da promoção de informações e vivências aos alunos surdos, utilizando a semiose imagética (SANTAELLA; NÖTH, 2012) e a comunicação multimodal, bem como a construção de espaços e momentos lúdicos na aprendizagem e na avaliação.
CREATIVITY IN GEOGRAPHY TEACHING FOR THEDEAF: proposals for a better learning
Abstract
Pedagogical practice in deaf education requires differentiated strategies. Therefore, we ask: can the teaching-learning process, through a creative perspective, help us in this endeavor? In this article, we aim to propose a reflection of the teaching of Geography for deaf people, in the initial years of elementary school, from authors who talk about the creativity and education of the deaf. To accomplish this purpose, we carried out a bibliographical research of texts and works that covered the themes of creativity (OSTROWER, 2001; VYGOTSKY, 2014; MORGON, 2013), games (HUIZINGA, 2000; AIZECANG, 2005), play (BENJAMIN, 2002) and teaching for the deaf (KELMAN, 2011). Our hypothesis is that creative teaching practices promote a more meaningful teaching and that the production of materials, techniques, media and media related to Geography can facilitate the understanding of deaf students. Thus, we refl ect on suggestions of work with this student, aiming to attend their singularities, in a creative perspective of teaching, which develops the “space literacy” in the classes of Geography. The pedagogical proposals were based mainly on the concepts of specific imagination (OSTROWER, 2001), the Peircian concept of musement (MORGON, 2013), multimodal communication (KELMAN, 2011) and the principles of the game and the joke (HUIZINGA, 2000; AIZECANG, 2005; BENJAMIN, 2002). The results of the study point to the need to recognize the specific materiality of sign language, the importance of promoting information and experiences to deaf students, using imagetic semiosis (SANTAELLA; NÖTH, 2012) and multimodal communication, as well as the construction of playful spaces and moments in learning and assessment.
Keywords
Creativity. Deaf education. Geography teaching. Early grades of elementary school.
LA CREATIVIDAD EN LA ENSEÑANZA DE LA GEOGRAFÍAPAR A SORDOS: propuestas para un aprendizaje mejor
Resumen
La práctica pedagógica en la educación de sordos exige estrategias diferenciadas. Por lo tanto, nos preguntamos: ¿pensar el proceso de enseñanza - aprendizaje, por un resgo creativo, puede ayudarnos en esta tarea? En este ensayo, tenemos como objectivo proponer una reflexión de la enseñanza de Geografía para sordos, en los años iniciales de la escuela primaria, a partir de autores que versan sobre la creatividad y educación de sordos. Para eso, realizamos levantamiento bibliográfico de textos y obras que abarcaron el tema de la creatividad (OSTROWER, 2001; VYGOTSKY, 2014; MORGON, 2013), del juego (HUIZINGA, 2000; AIZECANG, 2005), de los chistes (BENJAMIN, 2002) y enseñanza para sordos (KELMAN, 2011). Nuestra hipótesis es que prácticas docentes creativas promueven una enseñanza más significativa y que la producción de materiales, técnicas, medios de comunicación relativos a la Geografía puede facilitar la comprensión de los estudiantes sordos. Así, reflexionamos sobre sugerencias de trabajo con este alumnado, buscando atender sus singularidades, en una perspectiva creativa de enseñanza, que desarrolle la “alfabetización espacial” en las clases de Geografía. Las propuestas pedagógicas se basaron principalmente en los conceptos de imaginación específica (OSTROWER, 2001) y de comunicación modal (KELMAN, 2011), en el concepto peirciano de musement (MORGON, 2013), y los principios del juego y del chiste (HUIZINGA, 2000; AIZECANG, 2005; BENJAMIN, 2002). Los resultados del estudio apuntan a la necesidad de reconocer la materialidad específica de la lengua de signos, la importancia de la promoción de informaciones y vivencias a los alumnos sordos, utilizando la semiosis imagética (SANTAELLA; NÖTH, 2012) y comunicación multimodal, así como la construcción de espacios y momentos lúdicos en el aprendizaje y la evaluación.
Palabras clave: Creatividad. Educación para sordos. Enseñanza de la Geografía. Años iniciales de la enseñanza fundamental.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Cadernos de Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Cadernos de Pesquisa está licenciada com a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.