ESTRUTURAS EXISTENCIAIS: a variação Ter/Haver no corpus constituído para ALiMA

Autores/as

  • Conceição de Maria de Araujo Ramos Universidade Federal do Maranhão - UFMA
  • Wendel Silva dos Santos Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Palabras clave:

er e haver. Estruturas existenciais. Atlas Linguístico do Maranhão.

Resumen

No nível morfossintático, um dos fenômenos que caracterizam o português brasileiro contemporâneo e o distanciam da variedade europeia diz respeito ao emprego dos verbos ter e haver. Partindo dessa realidade da língua, este estudo busca examinar, com base na fala de nove comunidades maranhenses, integrantes da rede de pontos do Atlas Linguístico do Maranhão - ALiMA, o uso variável dos verbos ter e haver em estruturas existenciais. A análise, apoiada nos fundamentos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista, leva em conta não só os dados coletados por meio da aplicação do questionário morfossintático do ALiMA (questões 46 e 47), mas também as perguntas metalinguísticas que compõem o corpus do atlas. O exame do corpus evidenciou que o uso do verbo haver em construções existenciais tem-se tornado cada vez mais raro, com o verbo ter sendo suplantado pelo haver. Esse fato assinala que o Maranhão, com relação ao fenômeno investigado, não apresenta comportamento diferenciado do conjunto dos falares brasileiros.

Palavras-chave: Ter e haver. Estruturas existenciais. Atlas Linguístico do Maranhão.

EXISTENTIAL STRUCTURES: the variation to have / there to be in the corpus of the ALiMA

Abstract: At the morphosyntactic level, one of the phenomena that characterizes the contemporary Brazilian Portuguese and makes it far distant from the European variety it is related to the use of the verbs to have and there to be. From that reality of the language and based on the different ways of speaking in nine cities of Maranhão State, which belong to the network points of the Linguistic Atlas of Maranhão - ALiMA, this study searches for examining the variable use of the verbs to have and there to be in existential structures. The analysis, based on theoretical and methodological foundations of Variationist Sociolinguistics takes into account not only the data collected through the morphosyntactic questionnaire of the ALiMA (questions 46 and 47), but also metalinguistic questions that constitute the corpus of that atlas. The examination of that corpus showed that the use of the verb there to be in existential constructions has become increasingly rare, being more frequent the use of the verb to have instead. In relation to the phenomenon under investigation, this fact indicates that Maranhão State does not present a different behavior from other Brazilian parts.

Keywords: The verbs to have and there to be. Existential structures. Linguistic Atlas of Maranhão State.

ESTRUCTURAS EXISTENCIALES: la variación tener/haber en el corpus constituído para el ALiMA

Resumen:  A nivel morfosintáctico, uno de los fenómenos que caracteriza el portugués brasileño contemporáneo y lo aleja de la variedad europea es el empleo de los verbos tener y haber. En vista de esa realidad de la lengua, este estudio intenta investigar, basándose en el habla de nueve comunidades marañenses, integrantes de la red de puntos del Atlas Lingüístico del Maranhão – ALiMA, el uso variable de los verbos tener y haber en estructuras existenciales. El análisis, apoyado en los fundamentos teóricos y metodológicos de la Sociolingüística Variacionista, considera no sólo los datos obtenidos por medio de la realización del cuestionario morfosintáctico del ALiMA (cuestiones 46 y 47), sino también las preguntas metalingüísticas que componen el corpus del atlas. El examen del corpus pone de relieve que el empleo del verbo haber en estructuras existenciales es cada vez menos frecuente, y que hay un predominio del verbo tener en ese tipo de estructura. Ese hecho comprueba que el Maranhão, en lo que concierne al fenómeno investigado, no presenta comportamiento diferente del conjunto de hablas brasileñas.

Palabras clave: Tener y haber. Estructuras existenciales. Atlas Lingüístico del Maranhão.

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Biografía del autor/a

Conceição de Maria de Araujo Ramos, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Maranhão (1977), mestrado em Letras - Área de Concentração Literatura Brasileira pela Universidade Federal de Alagoas (1994) e doutorado em Linguística pela Universidade Federal de Alagoas (1999). Atualmente é professora associada da Universidade Federal do Maranhão, Coordenadora do Atlas Linguístico do Maranhão - PROJETO ALiMA e Coordenadora Regional do Atlas
Linguístico do Brasil para o Maranhão. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Atlas Linguístico, atuando principalmente nas seguintes áreas: linguística, sociolinguística, dialetologia, geolinguística, lexicologia, lexicografia e ensino/ aprendizagem da língua materna e estrangeira.

Wendel Silva dos Santos, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Aluno do Curso de Letras, habilitação Português/Inglês, da Universidade Federal do Maranhão. Atualmente é auxiliar de pesquisa do Projeto Atlas Linguístico do Maranhão (UFMA), atua no Grupo de Pesquisa do Atlas Linguístico do Brasil (UFBA) e no Grupo de Estudos e Pesquisas em Lusofonia (UFMA). É bolsista de Iniciação Científica junto ao CNPq. Atualmente desenvolve a pesquisa "Estruturas existenciais: a variação ter/haver no corpus constituído para o ALiMA". Já desenvolveu junto à mesma instituição de fomento a pesquisa "Atlas Linguístico do Maranhão: o pretérito imperfeito e o futuro do pretérito do indicativo no português falado no Maranhão - a variação de usos para a expressão de hipótese. Tem experiência na área de Linguística, da Sociolinguística, com ênfase em morfossíntaxe, além da Socioterminologia.

Publicado

2012-10-18

Cómo citar

RAMOS, Conceição de Maria de Araujo; SANTOS, Wendel Silva dos.
ESTRUTURAS EXISTENCIAIS: a variação Ter/Haver no corpus constituído para ALiMA
. Cadernos de Pesquisa, 18 oct. 2012 Disponível em: https://cajapio.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/1069. Acesso em: 22 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos