A PRÁXIS DE ESTAR COM: a pedagogia do oprimido e as múltiplas faces da construção coletiva
DOI :
https://doi.org/10.18764/2178-2229v28n4.202161Mots-clés :
Pedagogia do oprimido, Praticas educativas em movimento, IntersubjetividadeRésumé
Este artigo tem o objetivo de fazer uma releitura da obra Pedagogia do Oprimido, visibilizando o sentido conceitual do estar com dessa obra a partir da vivência no grupo de estudos Práticas Educativas em Movimento e de uma pesquisa bibliográfica que tanto envolve a obra relida como a práxis pedagógica de Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco, antiga responsável por esse grupo. Assim, pergunta-se: o que nos oferece a visibilização desse conceito-vivência? A vivência enraizadora, fundo comum aos demais sentidos conceituais da obra em questão, será usada para trazer à tona as contradições que envolvem a violência silenciosa, fenômeno da contemporaneidade que gera novas elaborações de opressões. Ao mesmo tempo, tal vivência enraizadora será usada para expor a construção do conhecimento a partir da experienciação do estado de estar com, ação ética relacional que parece ser a resposta para os efeitos da violência silenciosa. Desse modo, a releitura proposta foca na relação necessária entre a construção do estado de estar com e a busca pela restauração da intersubjetividade, objetivo que Freire (2011) expõe na Pedagogia do Oprimido como função da práxis que a obra traz, sendo a visibilização do estar com como resposta a tais contradições os achados desta pesquisa. Para esse fim, utilizamos uma base teórica freiriana e a construção do diálogo entre essa base e outros pensadores críticos, que nos ajudam a construir uma releitura coerente com a criação de um conhecimento epistêmico-gnosiológico propulsor da libertação dos seres humanos.
Palavras-chave: pedagogia do oprimido; práticas educativas em movimento; práxis pedagógica; intersubjetividade.
THE PRAXIS OF BEING WITH: the Pedagogy of the Oppressed and the multiple faces of the collective construction
Abstract
This article aims to do one reinterpretation of the opus Pedagogy of the Oppressed, showing the conceptual meaning sense of being with in this work from the experience in the study group Práticas Educativas em Movimento and from a bibliographical research which involves a reread of this opus, as well the pedagogical praxis of Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco, formerly coordinator of this group. Thus, the question is: what offers us the visibility of this concept-experience? The rooting experience, a common background to the other conceptual meanings of the opus, will be used to elicit the the contradictions that involve silent violence, a phenomenon of contemporaneity that generates new elaborations of oppressions. At the same time, this rooting experience will be used to expose the construction of knowledge from the experience of the state of being with, an ethical relational action that seems to be an answer to the effects of silent violence. Thus, the proposed re-reading focuses on the necessary relation between the construction of the state of being with and the search for the restoration of intersubjectivity, an objective that Freire (2011) exposed in Pedagogy of the Oppressed as a function of the praxis that the opus brings, being the visibility of the being with as a response to such contradictions the findings of this research. To achieve this goal, we used a Freireian theoretical basis and the construction of the dialogue between this base and other critical thinkers who help us to build a reinterpretation coherent with the creation of an epistemic-gnosiological knowledge that drives the liberation of human beings.
Keywords: pedagogy of the oppressed; práticas educativas em movimento; pedagogical práxis; intersubjectivity.
LA PRAXIS DE ESTAR CON: la Pedagogía del Oprimido y las múltiples caras de la construcción colectiva
Resumen
Este artículo tiene como objetivo volver a leer el trabajo Pedagogía del Oprimido, mostrando el sentido conceptual de estar con de esto trabajo a partir de la experiencia en el grupo de estudios Prácticas Educativas en Movimiento y de una investigación bibliográfica que involucra tanto el trabajo retransmitido, como el praxis pedagógica de Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco, ex responsable de este grupo. Por lo tanto, la pregunta es: ¿qué nos ofrece la visibilidad de este concepto-experiencia? La experiencia de enraizamiento, terreno común a los otros significados conceptuales del trabajo en cuestión, se utilizará para resaltar las contradicciones que implican la violencia silenciosa, un fenómeno contemporáneo que genera nuevas elaboraciones de opresión. Al mismo tiempo, dicha experiencia de enraizamiento se utilizará para exponer la construcción del conocimiento a partir de la experiencia del estado del estar com, acción ética relacional que parece ser la respuesta a los efectos de la violencia silenciosa. Por lo tanto, la nueva lectura propuesta se centra en la relación necesaria entre la construcción del estado del estar com y la búsqueda de la restauración de la intersubjetividad, un objetivo que Freire (2011) expone en la Pedagogía del Oprimido en función de la praxis que trae el trabajo, siendo la visibilidad del estar com como respuesta a tales contradicciones los hallazgos de esta investigación. Para este fin, utilizamos una base teórica freireiana y la construcción del diálogo entre esta base y otros pensadores críticos, que nos ayudan a construir una lectura coherente con la creación de un conocimiento epistémico-gnosiológico que impulsa la liberación de los seres humanos.
Palabras clave: pedagogía del oprimido; prácticas educativas en movimiento; praxis pedagógica; intersubjetividad.