QUEBRADEIRA DE COCO E DOUTORA? SIM, SENHORA! O DEVIR DE UMA PROFESSORA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.18764/2178-2229v30n3.2023.55

Mots-clés :

Pesquisaformação, Narrativas (Auto)biográficas, Formação de Professores, História de vida

Résumé

Nesta investigação, foram tecidas compreensões sobre a história de vida de uma Quebradeira de coco em formação doutoral para o ensino de Matemática. As memórias da Profa. Maria, autora e colaboradora da pesquisa, foram narradas no memorial reflexivo para ingresso em um programa doutoral, em uma carta redigida por ela aos seus professores de Educação Básica, e em uma entrevista realizada por aplicativo de mensagens – corpus da pesquisa. O material empírico, composto por estes textos, foi interpertado, tendo como referência teórica as contribuições de Bergson, Merleau-Ponty e Spinoza, sob o viés da Análise Textual Discursiva na perspectiva de Moraes e Galiazzi e o Círculo Hermenêutico de Ricoeur, nas quais foram identificadas três fluxos para interpretação. Os resultados revelam os desejos de viver, os modos de compartilhar suas experiências e as possibilidades de esperançar de pessoas Quebradeiras de coco que fazem outras escolhas profissionais.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Kelly Almeida de Oliveira, Universidade Federal do Maranhão

Pedagoga, Especialista em Didática Universitária, Mestra em Cultura e Sociedade e Doutoranda em Educação em ensino de Ciências e Matemática (REAMEC-UFMT/UFPA/UEA). Professora do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão, campus Codó. 

Maria do Carmo Alves da Cruz, Universidade Federal do Maranhão

Pedagoga, Especialista em Língua Brasileira de Sinais- IESF, Mestra em Educação e Doutoranda em Educação em ensino de Ciências e Matemática (REAMEC-UFMT/UFPA/UEA). Professora do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão, campus São Luís. 

Sebastião Rodrigues Moura, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará

Licenciado Pleno em Ciências Naturais - com habilitação em Física, Especialista em Docência Universitária com ênfase em Educação, Mestre em Docência em Educação em Ciências e Matemáticas e Doutorando em Educação em Ciências e Matemática (REAMEC-UFMT/UFPA/UEA). Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA). 

Idemar Vizolli, Universidade Federal do Tocantins

Graduado em Ciências Naturais pela UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1985), graduação em Matemática pela UnC - Universidade do Contestado (1997); Mestrado em Educação pela UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (2001), Doutorado em Educação pela UFPR Universidade Federal do Paraná (2006) e Pós-doutoramento em Educação pela Universidade Estadual do Pará (2020). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Tocantins; professor e orientador nos Programas de Mestrados Acadêmico e Profissional em Educação na UFT; no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECEM) na Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática (REAMEC); no Programa de Pós-Graduação em Educação na Amazônia (EDUCANORTE) - Associação Plena em Rede; Coordenador estadual da REAMEC. Tem experiência na área de Educação.

Références

ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto. Memoriais de formação: a (re)signifcação das imagens-lembranças/recordações-referências para a pedagoga em formação. Educação, Porto Alegre, v. 34, n.2, p.165-172, 2011. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/8708 Acesso em 10 de agosto de 2021.

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ASSUNÇÃO, M. R. Cultura popular e sociedade regional no Maranhão no século XIX. Revista de políticas públicas, São Luís, v. 3, n.1, s/p, 1999. Disponível em http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/3672. Acesso em 11 de agosto de 2021.

BERGSON, Henri. Oeuvres, éditon du Centenaire. Paris: PUF, 1991.

BONDÍA, Jorge Larossa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 19, p. 20-28, 2002. DOI https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000100003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?format=pdf&lang=pt Acesso em 11 de agosto de 2021.

BRAGANÇA, Inês Ferreira de Souza. Pesquisaformação (auto) biográfica: trajetórias e tessituras teórico-metodológicas. In: M. H. M. B. Abrahão, J. L. Cunha, & L. Villas Bôas (Orgs.). Pesquisa (auto) biográfica: diálogos epistêmico-metodológicos. Curitiba: CRV, 2018, p. 65-81.

CARRAZZA, Luis Roberto. ÁVILA, João Carlos Cruz. SILVA, Mariane Lima da. Aproveitamento integral do fruto e da folha do Babaçu (Attalea spp.). 2 ed. Brasília-DF: Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), 2012.

CLANDININ, D. J.; CONNELLY, F. M. Pesquisa narrativa: experiência e história em pesquisa qualitativa. 2. ed. Uberlândia: EDUFU, 2015.

CORREIA FILHO, F. L. Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, estado do Maranhão: relatório diagnóstico do município de Benedito Leite. Teresina: CPRM - Serviço Geológico do Brasil, 2011.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS. 2000. Disponível em:

http://www.cnm.org.br/dado_geral/ufmain.asp?iIdUf=100121 Acesso em: 3 ago. 2021.

D’ABBEVILLE, Claude. História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e circunvizinhanças. Brasília: Senado Federal, Conselho editorial, 2008.

GIRALDO, V. FERNANDES, F. S. (2019). Caravelas à Vista: Giros Decoloniais e Caminhos de Resistência na Formação de Professoras e Professores que Ensinam Matemática. Perspectivas da Educação Matemática – INMA/UFMS, Campo Grande, v. 12, n.30, p. 467-501, 17 jan. 2019. DOI https://doi.org/10.46312/pem.v12i30.9620. Disponível em: https://seer.ufms.br/index.php/pedmat/article/view/9620. Acesso em: 3 ago. 2021.

IBGE. Censo Demográfico 2010: Sistema Nacional de Informação de Gênero – Análise dos resultados, 2010.

JOSSO, Marie Christine. História de vida e projeto: a história de vida como projeto e as “histórias de vida” a serviço de projetos. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 11-23, 1999. DOI https://doi.org/10.46312/pem.v12i30.9620. Disponível em: https://www.scienceopen.com/document?vid=92bd87b9-6764-4f49-959e-e66c9b5ef722 . Acesso em: 3 ago. 2021.

MACHADO, Adilbênia Freire. Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais. Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 1-20, 2014. DOI http://dx.doi.org/10.35819/tear.v3.n1.a1854. Disponível em: https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/1854. Acesso em: 3 ago. 2021.

Merleau-Ponty, Maurice. Fenomenologia da percepção. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. 2. ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2011.

MORAIS, J. de S.; BRAGANÇA, I. F. de S. Pesquisaformação narrativa (auto)

biográfca: da tessitura de fontes aos desafos da interpretação hermenêutica. Educar em Revista, Curitiba/PR, v. 3, p.1-20, 2021. DOI http://dx.doi.org/10.1590/0104-4060.75612 Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/TqzVDqkfbX3hb7HbhB9T3kw/ . Acesso em: 3 ago. 2021.

NOVAES, J.S.; ARAÚJO, H.F.A. Cartografia social na região ecológica do babaçu: estratégias de quebradeiras de coco e processos sociais atinentes aos babaçuais. R. Pol. Públ. São Luís, Número Especial, p. 179-188, 2016.

PESSANHA, E. A. M. PAZ, F. P. C., & SARAIVA, L. A. F. Na travessia o negro se desfaz: vida, morte e memÓRÍa, possíveis leituras a partir de uma filosofia africana e afrodiaspórica. Voluntas, Santa Maria/RS, v. 10, p.110-127, 2019. DOI https://doi.org/10.5902/2179378639949. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/voluntas/article/view/39949. Acesso em: 3 ago. 2021.

PASSEGI, Maria da Conceição. Memoriais autobiográficos: escritas de si como arte de (re)conhecimento. In: V. M. R. Cordeiro & E. C. Souza, (Orgs.). Memoriais, literatura e práticas culturais de leitura. Salvador: EDUFBA, 2010, p. 19-42.

RIBEIRO, Renato Janine. A Ética ou o fim do Mundo. Organicom. São Paulo, v. 5, n. 8, p. 161-169, 2008. DOI https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2008.138975. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/138975. Acesso em: 3 ago. 2021.

RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa. Tomo I. Campinas, SP: Papirus, 1994.

SPINOZA, Baruc. Ética. Trad. de Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

YONEZAWA, F. SILVA, F. H. O paralelismo corpo-mente em Spinoza: notações (im)pertinentes para a educação. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 44, p. 1-21, 2018. DOI http://dx.doi.org/10.1590/S1678-4634201844176074. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/n3byLVBMzJNdPRyCpF333Xs/abstract/?lang=pt . Acesso em: 3 ago. 2021.

Téléchargements

Publié-e

2024-03-02

Comment citer

OLIVEIRA, Kelly Almeida de; CRUZ, Maria do Carmo Alves da; MOURA, Sebastião Rodrigues; VIZOLLI, Idemar.
QUEBRADEIRA DE COCO E DOUTORA? SIM, SENHORA! O DEVIR DE UMA PROFESSORA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA
. Cadernos de Pesquisa, v. 30, n. 3, p. 387–406, 2 mars 2024 Disponível em: https://cajapio.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/18715. Acesso em: 23 nov. 2024.

Numéro

Rubrique

Artigos