Ansiedade à Matemática: Aspectos atitudinais e pressão social
DOI :
https://doi.org/10.18764/2447-5777v8n2.2022.8Mots-clés :
Ansiedade à Matemática, Pressão, Fracasso escolarRésumé
A Ansiedade à Matemática (AM) gera sofrimento emocional, sucessivos fracassos, fuga e evitação em estudantes adolescentes quando expostos à necessidade de aprender a disciplina. A partir de uma perspectiva de cognição social, o presente artigo discute alguns fatores interpessoais, contextuais e institucionais que, sob a forma de pressão, funcionam como gatilhos para o surgimento de AM, os quais, por sua vez, resultam em fracasso escolar. Discutem-se ainda as formas, muitas vezes sutis, de pressão na sala de aula e na escola, bem como em ambientes estendidos, a exemplo da família. Também são apresentados resultados relativos a pontos de corte da Escala de Ansiedade à Matemática e à distribuição de valores em uma amostra de estudantes do Ensino Médio de uma escola pública de Rondon do Pará, sudeste do Pará. A aplicação de critérios de corte com base em quartis da amostra é consistente com achados anteriores da literatura e pode permitir entender a relação entre AM, pressões interpessoais, contextuais e institucionais, e fracasso escolar. Observaram-se ainda maiores escores globais em meninas do que em meninos, o que pode estar relacionado a expectativas sociais e culturais sobre gênero e desempenho matemático. Sugerimos que olhar para aspectos culturais e sociais pode ajudar a compreender o fenômeno da AM e interferir sobre ele.
Math Anxiety: Attitudes and social pressure
Abstract
Math Anxiety (MA) generates emotional distress, successive failures, avoidance, and evasion in adolescent students when exposed to the need to learn mathematics. From the viewpoint of social cognition, the present article discusses interpersonal, contextual, and institutional factors that, in the form of pressure, act as triggers for the emergence of MA, which, in turn, result in school failure. The often subtle forms of pressure in the classroom and school, as well as in extended settings, such as the family, are also discussed. Results are also presented regarding the validation of the Math Anxiety Scale and their distribution in a sample of high school students from a public school in Rondon do Pará, southeastern Pará, Brazil. The application of cut-off criteria based on sample quartiles is consistent with previous findings in the literature, and may allow understanding the relationship between MA, interpersonal, contextual, and institutional pressures, as well as school failure. Higher overall scores were also observed in girls than in boys, which may be related to social and cultural expectations about gender and math performance. We suggest that looking at cultural and social aspects may help to understand the phenomenon of MA and interfere with it.
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