DAUGHTERS OF THE DUST: o cinema da diáspora negra na contra modernidade
Resumo
O presente texto apresenta um estudo sobre os cinemas negros da diáspora considerando as questões de identidade, diferença, representação pensando em possibilidades contra hegemônicas. O estudo começa com reflexões sobre as identidades negras espalhadas em diáspora pelo atlântico negro, iremos dialogar de como os conceitos de identidade e diferença (CARDOSO JR, 2011) na diáspora negra (HALL, 2003) se formam em uma maneira contrária aos aprisionamentos do pensamento moderno e ocidental (GILROY, 2001). Elencaremos o devir negro como experiência rizomática contra hegemônica (JESUS, 2016) na perpetuação dos elos com o continente africano como forma de linhas de fuga. Encarando o cinema como um dos mais potentes artefatos criados pelo devir negro na forma de romper com as amarras da modernidade (GUÉRON, 2011), encontramos o movimento cinematográfico da virada dos anos 60 nos Estados Unidos denominado por L.A. Rebellion (GUIMARÃES, 2017) como uma forma de insurgência coletiva das imagens para estas esteriotipações impostas para a população da diáspora negra. Através do filme da diretora estadunidense Julie Dash, Daughters of the Dust (1991) iremos tecer as ideias levantadas sobre identidade, memória e diáspora com algumas considerações da atlântica Beatriz Nascimento (RATTS, 2006). E para concluir fazendo mais um paralelo com a experiência cinematográfica diaspórica citaremos o também insurgente movimento contemporâneo de cineastas negras brasileiras (SOUZA, 2017).
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