O PENTECOSTALISMO COMO UMA EXPRESSÃO DA TEOLOGIA NEGRA
Resumo
AMERICAN PENTECOSTALISM AS AN EXPRESSION OF BLACK THEOLOGY
EL PENTECOSTALISMO AMERICANO COMO EXPRESIÓN DE LA TEOLOGÍA NEGRA
Resumo
O presente trabalho avalia à relação cultural entre os afrodescendentes americanos e os brancos, no tocante à religiosidade, observando como essa interface influenciou na formatação do ramo do cristianismo denominado de pentecostalismo, oriundo do movimento liderado por Willian Seymour em Los Angeles, USA, que teve como marco inicial o ano de 1906. A parcela da população branca americana, na qualidade de povo dominador, estabeleceu para os negros um processo de cristianização que redundou em novas conformações religiosas. Portanto, trilhamos na buscar da compreensão de que maneira as práticas religiosas negras foram inseridas dentro do pentecostalismo americano fomentado pelo movimento iniciado na missão da rua Azusa em 1906, protagonizada por descendentes de negros escravizados que vivenciavam um incipiente processo de libertação e inclusão social, mas, que ao serem inseridos no cristianismo protestante forjaram uma nova espiritualidade a partir da reinterpretação cultural dos elementos do cristianismo americano. Acreditamos que esse processo de reinterpretação das formas cultuais, possibilitou ressignificações litúrgicas das estruturas impostas pela comunidade dominadora branca, criando assim, novo campo de sentido para o povo dominado, o negro, sendo, tal entendimento, mais adequado para se compreender o processo de formação de um cristianismo negro e, consequentemente, o estabelecimento do pentecostalismo, que teve como lastro toda uma lógica hermenêutica que se conectava com o pano de fundo litúrgico ancestral africana que implementou uma nova forma de leitura dos textos bíblicos, a Teologia Negra.
Palavras-chave: Movimento pentecostal. Diáspora africana. Afro-americano. Teologia Negra.
Abstract
The present work evaluates the cultural relationship between African American descendants and whites, regarding religiosity, observing how this interface influenced the formatting of the branch of Christianity called Pentecostalism, originating from the movement led by Willian Seymour in Los Angeles, USA, which had 1906 was the starting point for the year. The portion of the white American population, as a dominating people, established a process of Christianization for blacks that resulted in new religious conformations. Therefore, we seek to understand how black religious practices were inserted into American Pentecostalism fostered by the movement initiated in the mission of street Azusa in 1906, carried out by descendants of enslaved blacks who were experiencing an incipient process of liberation and social inclusion, but, which, when inserted into Protestant Christianity, forged a new spirituality from the cultural reinterpretation of the elements of American Christianity. We believe that this process of reinterpretation of the cultural forms, allowed liturgical resignifications of the structures imposed by the dominant white community, thus creating a new field of meaning for the dominated people, the black, being, such understanding, more adequate to understand the formation process of a black Christianity and, consequently, the establishment of Pentecostalism, which had as its base a whole hermeneutic logic that related to the ancestral African liturgical background that implemented a new way of reading biblical texts, Black Theology.
Keywords: Pentecostal movement. African diaspora. African American. Black Theology.
Resumen
El presente trabajo evalúa la relación cultural entre afrodescendientes estadounidenses y blancos, en lo que respecta a la religiosidad, observando cómo esta interfaz influyó en el formateo de la rama del cristianismo denominada pentecostalismo, originada en el movimiento liderado por Willian Seymour en Los Ángeles, EE. El año 1906 fue el punto de partida del año. La parte de la población blanca estadounidense, como pueblo dominante, estableció para los negros un proceso de cristianización que dio lugar a nuevas conformaciones religiosas. Por lo tanto, buscamos entender cómo las prácticas religiosas negras se insertaron en el pentecostalismo estadounidense fomentado por el movimiento iniciado en la misión de Rua Azusa en 1906, llevado a cabo por descendientes de negros esclavizados que vivían un incipiente proceso de liberación e inclusión social, pero, que, cuando se insertó en el cristianismo protestante, forjó una nueva espiritualidad a partir de la reinterpretación cultural de los elementos del cristianismo estadounidense. Creemos que este proceso de reinterpretación de las formas culturales, permitió resignificaciones litúrgicas de las estructuras impuestas por la comunidad blanca dominante, creando así un nuevo campo de significado para el pueblo dominado, el negro, siendo, tal entendimiento, más adecuado para entender el proceso de formación de un cristianismo negro y, en consecuencia, la instauración del pentecostalismo, que tenía como base toda una lógica hermenéutica que se conectaba con el trasfondo litúrgico ancestral africano que implementó una nueva forma de leer los textos bíblicos, la Teología Negra.
Palabras clave: Movimiento pentecostal. Diáspora africana. Teología afroamericana, Teologia negra.
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Referências
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