MEMÓRIA, RACISMO E POLÍTICA
Uma análise de 1912, Voces para un silencio, de Gloria Rolando, 2010-2013
DOI:
https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.5Palavras-chave:
Documentário, representação fílmica, Cuba, racismo, memóriaResumo
Temos como objetivo de conferir as representações fílmicas sobre um episódio ocorrido em Cuba a princípios do século XX, que foi a perseguição, prisão e matança, a cargo do governo de José Miguel Gómez (Partido Liberal), de membros do Partido Independiente de Color, organização que pretendia combater o racismo nas diferentes esferas institucionais do país. O tema foi analisado na série em três documentários, com cerca de uma hora cada, intitulada 1912, Voces para un silencio, dirigida por Gloria Rolando entre 2010 e 2013, no contexto do centenário da repressão. A análise fílmica da série será realizada dentro do campo dos estudos entre Cinema e História, e terá por finalidade conferir três dimensões da obra. A primeira será sobre os documentos e discursos mobilizados, que conjugam documentos institucionais, fotografias, canções, páginas de jornais e charges. A segunda discutirá a seleção de protagonistas, em especial historiadores/as e as mulheres negras do século passado e presente. A terceira estará centrada nos temas raciais discutidos em diferentes momentos históricos do passado cubano apresentados na trilogia. Nossa hipótese é de que a obra busca legitimar o tema do racismo na ilha na historiografia nacional, com o apoio das vozes denunciadoras do passado descortinado. Como base teórica, dialogaremos com distintos/as pensadores/as como Jacques Rancière, Michael Pollack, Michel-Rolph Trouillot, Hayden White, Aline Helg e Alejandro de la Fuente.
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Referências
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