O SISTEMA DAS AUTOCONSCIÊNCIAS A VISTA DE FRANTZ FANON

Uma análise a partir do reconhecimento e da Negritude

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2595-1033v8n20e25069

Palavras-chave:

Fanon, Hegel, reconhecimento, Negritude, colonialismo, sujeito

Resumo

Através de uma reconstrução dos Conceitos Sistematizadores, uma ferramenta útil para a análise da filosofia Hegeliana, realizamos uma contraposição entre as noções de reconhecimento através de um Sistema de Autoconsciências e a crítica anticolonial mediada por Frantz Fanon. O cerne do trabalho é ressaltar como a análise do contexto colonial é crucial para que se consiga debater noções de reconhecimento e, consequentemente no sentido Hegeliano, um efetivo Sistema de Autoconsciências. No caso, uma Dialética do Senhor e do Servo levada às últimas consequências, diferente do que vislumbrou Hegel, o movimento de Negritude e as contribuições Fanonianas à Filosofia permitem um diálogo filosófico que leve em consideração uma pedra fundante da Modernidade: a desumanização do sujeito negro. Assim, questionando um símbolo do cânone filosófico que relega o continente africano a um vazio histórico, fizemos este artigo com o compromisso de revisitar a Modernidade sob uma perspectiva crítica, através de uma intelectualidade historicamente silenciada.

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Biografia do Autor

Matheus Sena Asevedo Campanhã, UNESP

Mestrando em Filosofia na Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil.

Júlia Araújo Carvalho, UNESP

Doutoranda em Ciências Sociais na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, São Paulo, Brasil.

Thiago Rodrigues Costa, UNESP

Doutorando em Ciências Sociais na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, São Paulo, Brasil.

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Publicado

2025-12-03

Como Citar

Sena Asevedo Campanhã, M., Araújo Carvalho, J. ., & Rodrigues Costa, T. (2025). O SISTEMA DAS AUTOCONSCIÊNCIAS A VISTA DE FRANTZ FANON: Uma análise a partir do reconhecimento e da Negritude. Kwanissa: Revista De Estudos Africanos E Afro-Brasileiros, 8(20). https://doi.org/10.18764/2595-1033v8n20e25069