Perspectivas e práticas da alfabetização na Primeira República no Maranhão (1889-1930)
DOI:
https://doi.org/10.18764/2526-6160v23n2.2024.15Palavras-chave:
história da educação, alfabetização, Primeira RepúblicaResumo
Neste estudo examinam-se as perspectivas de alfabetização no Maranhão na sua historicidade e sua repercussão no estado, explorando-se as práticas de ensino registradas e discutidas nos dispositivos legais na Primeira República. Utilizam-se os pressupostos teórico-metodológicos da história cultural auxiliando-nos do método histórico, da pesquisa bibliográfica e da documental: a primeira, para compreender-se como os conceitos de alfabetização, práticas de ensino, ensino de leitura e escrita, assim como práticas leitoras e prática docente evoluíram segundo diversas produções (Ferreiro, 2003; Kleiman, 2005; Morais, Albuquerque, Leal, 2007; Fiorentini, 2008; Soares, 2016; Araújo, 2019); a segunda, que auxilia no cruzamento de dados oriundos da 1ª Conferência Interestadual de 1921, realizada no Rio de Janeiro, que objetivara discutir concepções em voga sobre o processo alfabetizador e ao respeito do ensino da leitura e escrita na escola primária como instrumento para erradicar o analfabetismo no período; e do Congresso Pedagógico de 1920, realizado em São Luís/MA, onde se discute a essencialidade do ensino de leitura e escrita como processo obrigatório para formar crianças leitoras capazes não apenas de decodificar textos, mas de compreender o que foi lido. Colabora-se para a compreensão de perspectivas e desafios no campo da alfabetização, tendo em conta a prática alfabetizadora e sua evolução em função de diversas ideias, abordagens e práticas desde os anos 1920; época marcada por movimentos de luta contra o analfabetismo compreendido como problema nacional que perdura, revelando como os conceitos em pauta foram interpretados e quais direções se debateram para promover uma alfabetização mais inclusiva e acessível.
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