RAÇA E CLASSE NA CONFIGURAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO
Uma análise interseccional de relato biográfico de uma mulher negra em Nova Olinda, norte do Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.1Palavras-chave:
Representatividade, prostituição, interseccionalidade, violência racialResumo
Este artigo buscou interpretar o relato biográfico de Catarina, mulher negra, nortista e amazônida, em situação de prostituição de rua, no município de Nova Olinda-TO. Buscando suporte em uma análise interseccional (DAVIS, 2016) e a partir da história de vida de Catarina, investigamos o destaque que adquiriu o corpo feminino por meio da maternidade, sexualidade e raça, observando como isso se transformou em um instrumento de subalternização da mulher, inclusive por meio da prostituição. Como resultado desta investigação, observamos que os padrões racistas, classistas e de gênero foram mobilizados pelas estruturas de opressão como instrumentos para a exclusão de Catarina, representativa de inúmeras mulheres, principalmente por meio da estigmatização racista e de gênero, o que definiu a prostituição como lugar social dessa mulher negra.
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