A pesquisa participante em etnografia: a importância do aluno como sujeito de pesquisa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2178-2229v31n2.2024.26

Palavras-chave:

etnografia, pesquisa participante, interação face a face, aluno como sujeito

Resumo

Este artigo visa compreender as interações estabelecidas pelos alunos nas salas de aula. Tem
como base uma pesquisa participante em uma Escola de Governo que, em linhas gerais, se configura como uma instituição da estrutura governamental, que forma servidores públicos graduados, para o aperfeiçoamento de suas atividades no agenciamento do Estado. Busca responder às seguintes questões: Como a
dinâmica da aula pode ser modificada, à medida que alunos e professores interagem? e quais as estratégias interacionais utilizadas pelos participantes e em que medida as intenções que movem essas interações são consideradas? Foi realizada uma pesquisa etnográfica, com base na microssociologia de Erving Goffman e na microanálise dos vídeos das aulas. A análise gerou categorias como: participação, estratégia de interação e barreiras à aprendizagem. Os resultados apontam para a necessidade de revelar a importância dos movimentos interativos motivados pelo aluno e seu papel de sujeito do próprio processo de aprendizagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Cordeiro de Melo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Profª. Dra. Sandra Cordeiro de Melo

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ. Brasil.

https://orcid.org/0000-0002-8437-1671

E-mail: sandracmello@gmail.com

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj). Pós-doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Professora Associada II do Departamento de Fundamentos da Educação (EDF) da Faculdade de Educação (FE) e do Programa de Pós-graduação em Educação (Ppge) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj). Coordenadora do Laboratório de Inclusão,  Mediação Simbólica,  Desenvolvimento e Aprendizagem – Limda.

Referências

ANDRÉ, Marli. Etnografia da prática escolar. Campinas: Ed. Papirus,1995. 128p.

ANGROSINO, Michael. Etnografia e observação participante. Porto Alegre: Artmed, 2009. 138 p.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011. 276p.

BLUMER, Herbert. Symbolic interactionism: perspective and method. USA: University of California Press, 1986. 208p.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:

Presidência da República, 1988. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.

BRYMAN, Alan. Research methods and organization studies. London: Routledge,

300p.

COX, Maria Inês Pagliarini; ASSIS-PETERSON, Ana Antônia de. (org). Cenas de sala de aula. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2001. 269p.

CRANE, Tim. Dualism, Monism, Physicalism. In: GILLET, Carl; LOWER, Barry. (ed.). Physicalism and its discontents. Cambrigde: Cambrigde University Presse, 2001. 15p.

ERICKSON, Frederick. Novas tendências da pesquisa etnográfica em Educação. Conferência proferida na Faculdade de Educação da USP, 1993.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. 224p.

GODOY, Arilda Schmidt. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades.

Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 35, n. 2., p. 57-63, mar./abr., 1995.

GOFFMAN, Erving. Footing. In: RIBEIRO, Branca Telles; GARCEZ, Pedro M. (org.) Sociolinguística Interacional. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2013. 272p.

GOFFMAN, Erving. Os quadros da experiência social: uma perspectiva de análise. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012a. 715p.

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. 20 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012b. 273p.

GOFFMAN, Erving. Ritual de Interação: ensaios sobre o comportamento face a face. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012c. 255p.

HAMMERSLEY, Martyn; ATKINSON, Paul. Etnografia: princípios em prática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2022. 470p.

MARTINO, Luis Mauro Sá; SANTOS, Ana Paula. Questões metodológicas da pesquisa de campo em Comunicação organizacional: um olhar a partir da microssociologia de Goffman. Comunicação Mídia e Consumo, [s.l.], v. 17, n. 48, p. 61–83, 2020. Disponível em:

https://revistacmc.espm.br/revistacmc/article/view/2080.

MATTOS, Carmen Lúcia Guimarães de; CASTRO, Paula Almeida (org.). Etnografia e educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB, 2011. 298p.

AUTOR, 2024.

MENDONÇA, José Ricardo Costa de; VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; ESPÍRITO SANTO, Tanúzia Maria Vieira. Gerenciamento de impressões, comunicações e ações simbólicas como elementos facilitadores na gestão de processos de mudança organizacional. Revista de Administração de Empresas (RAE), São Paulo, v. 43, n. 1, p. 36-48, 2003. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-75902003000100005.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. 96p.

MORGAN, Gareth. Paradigmas, metáforas e resolução de quebra-cabeças na teoria das organizações. Revista de Administração de Empresas (RAE), São Paulo, v. 45, n. 1, p. 58-71, 2005.

NIZET, Jean; RIGAUX, Natalie. A Sociologia de Erving Goffman. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. 164p.

SCHWANDT, Thomas A. Constructivist, interpretivist approaches to human inquiry. In: SHOPLER, Eric; MESIBOV, Gary. Diagnosis and assessment in autism. Nova York: Plenun, 1988. 327p.

SPRADLEY, James P. Participant observation. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1980. 247 p.

Publicado

2024-06-30

Como Citar

MELO, Sandra Cordeiro de.
A pesquisa participante em etnografia: a importância do aluno como sujeito de pesquisa
. Cadernos de Pesquisa, v. 31, n. 2, p. 1–25, 30 Jun 2024 Disponível em: https://cajapio.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/23763. Acesso em: 27 dez 2024.

Edição

Seção

Dossiê "Etnografia na Educação"