Na boca do povo
a pandemia de Covid-19 em evidência no Brasil por meio do consórcio de imprensa e do jornalismo de dados
DOI:
https://doi.org/10.18764/2176-5111v17n30.2022.18Palavras-chave:
Agenda Setting, Consórcio de imprensa, Jornalismo de dados, Pandemia de Covid-19, WebjornalismoResumo
Em tempos de crise mundial na saúde, a imprensa se torna ainda mais dependente de ser alimentada por dados fornecidos pelas fontes oficiais ou institucionais. No momento em que essas instituições se negam a repassar dados importantes, a imprensa se vê diante da quebra do processo comunicacional e do desafio de garantir a continuidade de sua função social, que é informar. A população, por sua vez, fica diante da incerteza sobre a real situação que a cerca e diante da insegurança sobre seu destino. Assim, o consórcio de veículos de imprensa foi uma saída encontrada por seis grupos de comunicação brasileiros – G1, O Globo, Extra, UOL, Estadão e Folha – para resolver esse problema. Por meio dele, a imprensa expôs sistematicamente os números sobre pessoas infectadas e óbitos por Covid-19 no país, especialmente na internet, onde foi possível explorar ferramentas como tabelas, mapas interativos e infográficos para deixar o usuário diante dos próprios dados. E fez questão de remeter o crédito, repetidamente, ao trabalho realizado pelo consórcio de imprensa. Contudo, esse artigo pretende compreender, sob a luz da teoria do Agenda Setting, se a imprensa teria usado o consórcio para mediar a relação entre indivíduos e realidade social, pautando os assuntos da esfera pública e colocando a pandemia de Covid-19 em evidência no Brasil.
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