“Qual é a necessidade de desconstruir o mérito de uma cientista?”
percepções sobre mulheres na ciência em redes sociais
DOI:
https://doi.org/10.18764/2176-5111v18n31.2023.9Parole chiave:
Gênero, Redes Sociais, Percepção pública, Mulheres na CiênciaAbstract
Mulheres cientistas enfrentam desigualdades históricas que perpassam a construção de suas representações midiáticas. Neste artigo, analisamos a percepção pública sobre mulheres na ciência, a partir do estudo de caso das conversações sobre Katie Bouman, uma das cientistas responsáveis pela primeira imagem de um buraco negro. Por meio da Análise do Discurso, investigamos comentários no Facebook do G1, com objetivo de identificar os principais sentidos articulados nas conversações. O estudo aponta um predomínio de elogios a Bouman, mas também críticas ao seu destaque a pautas de gênero no campo da ciência, compreendido como espaço de “neutralidade”. As percepções revelam embates entre demandas por equidade de gênero e apelos ao mérito individual, críticas a movimentos sociais e reforço de a estereótipos sexistas.
Downloads
Riferimenti bibliografici
AUTORES, ano. (Referências retiradas para avaliação cega).
AHMED, Sara. Differences that matter: feminist theory and postmodernism. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
AMARASEKARA, Inoka; GRANT, Will J. Exploring the YouTube science communication gender gap: a sentiment analysis. Public Understanding of Science, v. 28, n. 1, 2019, pp. 68-84 [https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0963662518786654 – acesso em 26 abr. 2023].
ANJOS, Júlia Cavalcanti Versiani dos. Megeras (in)domadas: discurso de ódio antifeminista nas redes sociais. Dissertação de mestrado, Comunicação, UFRJ, 2019.
BARBOSA, Lucas Alves Lima; REIS, Fabio Pinto Gonçalves dos. “Mulher no volante, perigo constante”: problematizações a partir de textos humorísticos. Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade, 7, Rio Grande, 2018 [https://7seminario.furg.br/images/arquivo/74.pdf – acesso em 26 abr. 2023].
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações. A ciência e a tecnologia no olhar dos brasileiros – Percepção pública da C&T no Brasil: 2015. Brasília, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2017 [https://www.cgee.org.br/documents/10182/734063/percepcao_web.pdf - acesso em 26 abr. 2023].
COLE, Lucinda. (Anti) feminist sympathies: the politics of relationship in Smith, Wollstonecraft, and More. ELH, v. 58, n. 1, 1991, pp. 107-140 [https://www.jstor.org/stable/2873396 - acesso em 26 abr. 2023].
COSTA, Maria Conceição da. Ainda somos poucas: exclusão e invisibilidade na ciência. Cadernos Pagu, n. 27, 2006, pp. 455-459 [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332006000200018 - acesso em 26 abr. 2023].
DUARTE, Constância Lima. Imprensa feminina e feminista no Brasil: século XIX – dicionário ilustrado. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.
ESTRELAS além do tempo. Direção de Theodore Melfi. Los Angeles: 20th Century Fox, 2016. 1 vídeo. (127 min.).
FLICKER, Eva. Between brains and breasts — women scientists in fiction film: on the marginalization and sexualization of scientific competence. Public Understanding of Science, v. 12, n. 3, 2003, pp. 307-316 [https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0963662503123009 - acesso em 26 abr. 2021].
FRAGOSO, Suely; RECUERO, Raquel; AMARAL, Adriana. Métodos de pesquisa para internet. Porto Alegre: Sulina, 2016.
FREIRE FILHO, João. Correntes da felicidade: emoções, gênero e poder. Matrizes, v. 11, n. 1, 2017, pp. 61-81 [http://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/122954 - acesso em 26 abr. 2023].
GILL, Rosalind. Análise do discurso. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George (orgs). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002, pp. 244-270.
GILL, Rosalind. Gender and the media. Nova Hampshire: Polity, 2007.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Apicuri/PUC-Rio, 2016.
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, n. 5, 1995, pp. 07-41 [https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773 - acesso em 26 abr. 2023].
HARDING, Sandra. “Strong objectivity”: A response to the new objectivity question. Synthese, v. 104, n. 3, 1995, pp. 331-349 [https://www.jstor.org/stable/20117437 - acesso em 26 abr. 2023].
HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Explosão feminista: arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
HOOKS, bell. Intelectuais negras. Estudos Feministas, v. 3, n. 2, pp. 464-478, 1995. [https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/16465/15035 - acesso em 26 abr. 2023].
JAGGAR, Alison M. Amor e conhecimento: a emoção na epistemologia feminista. In: JAGGAR, Alison M.; BORDO, Susan R (orgs.). Gênero, corpo, conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997, p. 157-185.
LOPES, Maria Margaret. Sobre convenções em torno de argumentos de autoridade. Cadernos Pagu, n. 27, 2006, pp. 35-61 [https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8644757 - acesso em 26 abr. 2023].
LUTZ, Catherine. Engendered emotion: gender, power and the rhetoric of emotional control in American discourse. In: LUTZ, Catherine A; ABU-LUGHOD, Lila (orgs.). Language and the politics of emotion. Nova Iorque: Cambridge University Press, 1990, pp. 69-91.
MANNE, Kate. Down girl: the logic of misoginy. Nova Iorque: Oxford University Press, 2018.
MATTOS, Carolina Guimarães. A mulher como divulgadora da ciência: um estudo da inserção feminina no Science Vlogs Brasil. Dissertação de mestrado, Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde, Fiocruz, 2020.
MCROBBIE, Angela. “Post feminism and popular culture: Bridget Jones and the new Gender Regime.” In: CURRAN, James; MORLEY, David (orgs.). Media and Cultural Theory. Londres/Nova Iorque: Routledge, 2005, pp. 59-69.
MORALES, Rosa M.; SIFONTES, Domingo A. F. Desigualdad de género en ciencia y tecnología: un estudio para América Latina. Observatorio Laboral Revista Venezolana, v. 7, n. 13, 2014, pp. 95-110 [https://www.redalyc.org/pdf/2190/219030399006.pdf - acesso em 26 abr. 2023].
MOREIRA, Adilson. Racismo recreativo. São Paulo: Sueli Carneiro/ Jandaíra, 2020.
OLINTO, Gilda. A inclusão das mulheres nas carreiras de ciência e tecnologia no Brasil. Inc. Soc., v. 5, n. 1, pp. 68-77, 2011 [http://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1667 - acesso em 26 abr. 2023].
PATTON, Michael Quinn. Qualitative research and evaluation methods. Thousand Oaks: Sage Publications; 2002.
PERROT, Michelle. Mulheres públicas. São Paulo: Unesp, 1998.
PINTO, Milton José. Comunicação e discurso: introdução à análise do discurso. São Paulo: Hacker, 1999.
RAGO, Margareth. Epistemologia feminista, gênero e história. In: PEDRO, Joana; GROSSI, Miriam (orgs.). Masculino, feminino, plural. Florianópolis: Mulheres, 1998, pp. 25-37.
RECUERO, Raquel. A conversação em rede: comunicação mediada pelo computador e redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2012.
RIETTI, Sara; MAFFIA, Diana. Género, ciencia y ciudadania. Arbor: Ciencia Pensamiento y Cultura, v. 181, n. 716, 2005, pp. 539-544 [http://arbor.revistas.csic.es/index.php/arbor/article/view/411/412/412 - acesso em 26 abr. 2023].
SCHIENBINGER, Londa. O feminismo mudou a ciência? Bauru, SP: EDUSC, 2001.
SOIHET, Rachel. Zombaria como arma antifeminista: instrumento conservador entre libertários. Estudos Feministas, v. 13, n. 3, 2005, pp. 591-612 [http://www.scielo.br/pdf/ref/v13n3/a08v13n3.pdf - acesso 263 abr. 2023].
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2023 Direitos cedidos à revista para a primeira publicação
TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Direitos autorais Cambiassu: Estudos em Comunicação
Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.