MOVIMENTOS INDÍGENAS NA SENDA DAS CRENÇAS DO BEM VIVER E A TERRA SEM MALES

Autores/as

  • Ademario Ribeiro Fundador da Associação ARAUANÃ e da Associação Muzanzu

Resumen

INDIGENOUS MOVEMENTS THROUGH THE BELIEFS OF GOOD LIVING AND EARTH WITHOUT EVIL

 

MOVIMIENTOS INDÍGENAS DETRÁS DE LAS CREENCIAS DEL BUEN VIVIR Y LA TIERRA SIN MAL

Resumo

O bem viver, mais que uma ética, trata-se de uma poética que tem sido defendida em diferentes contextos desde o viver indígena. Neste texto, defende-se seu potencial educacional a partir dos movimentos indígenas, como postura de acolhimento e do ressoar as vozes ancestrais de Abya Yala. O artigo constitiu um diálogo desde os mitos reunidos em Ayvú Rapyta às demais crenças dos povos falantes do Tupi e Guarani, como a Yby Marã Eyma e da Yvy Marãey, isto é, da “Terra sem Males” ou “Terra Indestrutível” – às cosmovisões e profecias como “A Queda do Céu”. Aborda as dimensões do bem viver, desde seu sentido religioso, passando pelo poético, pelo mítico e chegando à sua relação com o desenvolvimento. Esse remete às noções, crenças, cosmogonias, mitos e narrativas que fazem parte das histórias e culturas dos ameríndios. Da promessa do viver bem à “Terra dos males”, o artigo busca sinalizar para a importância dos povos indígenas na constituição dessa outra possibilidade de existência.

Palavras-chave: Narrativa poética, Cosmogonias, Povos indígenas.

 

Abstract

Good living, more than an ethics, is a poetics that has been defended in different contexts since the indigenous living. In this paper, the educational potential of good living is defended in this paper from the perspective of the indigenous movements, as a welcoming posture and the resonance of Abya Yala's ancestral voices. The paper constituted a dialogue from the myths gathered in Ayvú Rapyta to the other beliefs of the Tupi and Guarani-speaking peoples, such as Yby Marã Eyma and Yvy Marãey, that is, from “Earth Without Evil” or “Indestructible Earth” - to cosmoviews and prophecies like “The Fall from Heaven”. It addresses the dimensions of good living, from its religious sense, through the poetic, the mythical senses and reaching its relationship with development. This refers to the notions, beliefs, cosmogonies, myths and narratives that are part of the histories and cultures of the Amerindians. From the promise of living well to the “Earth of evils”, the paper seeks to signal the importance of indigenous peoples in the constitution of this other possibility of existence.

Keywords: Poetic narrative, Cosmogonies, Indigenous peoples.

 

Resumen

El buen vivir, más que una ética, se trata de  una poética que  ha sido defendida en diferentes contextos desde el vivir indígena. En este texto, defiende su potencial educativo a partir de los movimientos indígenas, como postura de acogimiento y de resonancia de las voces ancestrales de Abya Yala. El artículo constituyó un diálogo desde los mitos recogidos en Ayvú Rapyta a las demás creencias de los pueblos de habla Tupi y Guaraní, como Yby Marã Eyma e Yvy Marãey, es decir, desde “Terra sem Males” o “Terra Indestrutível” - hasta visiones del mundo y profecías como "La caída del cielo". Aborda las dimensiones del buen vivir, desde su sentido religioso, pasando por lo poético, por lo mítico y llegando a su relación con el desarrollo. Se remitea las nociones, creencias, cosmogonías, mitos y narrativas que hacen parte de las historias y culturas de los amerindios. Desde la promesa de vivir bien hasta la “Tierra de los males”, el artículo busca señalar la importancia de los pueblos indígenas en la constitución de esta otra posibilidad de existencia.

Palabras-clave: Narrativa poética, Cosmogonías, Pueblos indígenas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ademario Ribeiro, Fundador da Associação ARAUANÃ e da Associação Muzanzu

Doutorando e Mestre em Ciências da Educação, Especialista em Educação, Licenciado em Pedagogia, Escritor (Poeta e Teatrólogo), Diretor Teatral, Ambientalista, Fundador da Associação ARAUANÃ e da Associação Muzanzu, é indígena do Povo Payayá

Citas

ALBÓ, Xavier. Buen vivir/Vivir bien. Boletín Virtual, n. 626, Año 15, 2016. Disponível em: http://www.alainet.org/es/articulo/176358>. Acesso em: 22 fev. 2017.

CADOGAN, León. Ayvu Rapyta; textos míticos de los Mbyá-Guaraní del Guairá, Asunción, CEADUC-CEPAG, 1992. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/130577. Acesso em: 1 abr. 2018.

DÁVALOS, Pablo. Movimiento indígena ecuatoriano: construcción política y epistémico. In: Cultura, política y sociedad Perspectivas latinoamericanas. Daniel Mato. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, 2005. Disponível em: http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/grupos/mato/Davalos.rtf.>. Acesso em: 10 jul. 2014.

GARCÍA, Facundo. Una parte de la población fue hecha invisible y olvidada. Entrevista con el antropólogo Carlos Martínez Sarasola, 2011. Disponível em: http://www.pagina12.com.ar/diario/suplementos/espectaculos/17-22178-2011-07-03.html>. Acesso em: 2 jan. 2016.

GUIMARÃES, Francisco Alfredo Morais. Povos indígenas no Brasil e as lições da floresta cultural: a revolução da cultura da mandioca na economia do atlântico sul e no continente africano. Pontos de Interrogação, v. 4, n. 2, jul./dez. 2014. Disponível em: http://www.revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/1680/1113>. Acesso em: 7 fev. 2017.

KOPENAWA, D. ALBERT, B. A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami/Davi Kopenawa e Bruce Albert. Tradução Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

MARTÍNEZ SARASOLA, Carlos. De manera sagrada y en celebración. Identidad, cosmovisión y espiritualidad en los pueblos indígenas. Buenos Aires: Biblos, 2010.

MARTÍNEZ SARASOLA, Carlos. Uma parte de la población fue invisibilizada y olvidada. Página 12, 2 de Jul de 2011. Acesso em 19.10.2017. Disponível em: https://www.pagina12.com.ar/diario/suplementos/espectaculos/17-22178-2011-07-03.html.

MARTÍNEZ SARASOLA, Carlos. Toda la tierra es una sola alma. Buenos Aires: Del Nuevo Extremo, 2014.

MÉLIÀ, Bartomeu. Educação indígena e alfabetização. São Paulo: Loyola, 1979.

PORANTIM. Brasília, n. 358, set. 2013, p. 8 (Em busca do Bem Viver), 2000.

PORANTIM. Brasília, n. 381, p. 3 (Encarte Pedagógico X - O Bem Viver Indígena e o futuro da humanidade), 2015.

PORANTIM. Brasília, n. 381, p. 16 (Poema Caminho que a gente é, de Dom Pedro Casaldáliga), 2015. Disponível em: <https://www.cimi.org.br/pub/Porantim/2015/Porantim381_dez2016.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2017.

SUESS, Paulo. Elementos para a busca do BemViver(SumakKawsay) para todos e sempre, 2010. Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2017.

Publicado

2021-07-23

Cómo citar

Ribeiro, A. (2021). MOVIMENTOS INDÍGENAS NA SENDA DAS CRENÇAS DO BEM VIVER E A TERRA SEM MALES. Kwanissa: Revista De Estudos Africanos E Afro-Brasileiros, 4(10). Recuperado a partir de https://cajapio.ufma.br/index.php/kwanissa/article/view/17403