BELEZA AFRICANA:

O corpo ideal e os novos padrões femininos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2595-1033v8n20e24546

Resumo

O estudo explora a evolução dos padrões de beleza entre as mulheres moçambicanas, influenciados pelo colonialismo, globalização e os meios de comunicação. Utiliza uma metodologia qualitativa, baseada em entrevistas semiestruturadas com 14 participantes, mulheres de diversas origens profissionais e culturais. A pesquisa examina como os ideias eurocêntricos, impostos durante a colonização, ainda persistem, mas enfrentam resistência das práticas culturais locais. O corpo, como símbolo central nas sociedades africanas, reflete o conflito entre tendências globais e a identidade local através de modificações corporais e rituais de beleza. Conclusões mostram que, apesar das influências externas, especialmente dos meios ocidentais e das indústrias de beleza afetarem a autoimagem e as práticas de beleza das mulheres moçambicanas, ainda há um forte apego as tradições locais, principalmente nas áreas rurais. As mulheres equilibram cuidadosamente os padrões globais de beleza com sua identidade cultural, resistindo a um completa assimilação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raul Abilio Mabasso, Universidad Complutense de Madrid

Mestre em Cultura e Pensamento dos Povos Negros, Universidad Complutense de Madrid, Madrid, Espanha, mestre em Estudos e Desenvolvimento da Família, Universidad de La Frontera, Chile.

Referências

BARROS, M. A relação dos padrões de beleza com a construção da subjetividade da mulher. Revista Presença, [S.l.], v. 3, n. 9, p. 36-59, dec. 2017. ISSN 2447-1534. Disponível em: https://revistapresenca.celsolisboa.edu.br/index.php/numerohum/article/view/131. Acesso em: 3 jun. 2024

BENEDICT, R. Padrões de cultura. Petrópolis. Editora: Vozes. 2013.

BOUTCHICH, S. A imagem da mulher e a construção da identidade feminina na narrativa de Paulina Chiziane: balada de amor ao vento e Niketche: uma história de poligamia. Dissertação de mestrado (Dissertação em estudos românicos, na especialidade de estudos brasileiros). Universidad de Lisboa. Lisboa. 2016.

CAUTEIRA, A. Moçambique: clarear a pele para ser “compatível”. Público. 27 de agos. de 2023. Disponível em: https://www.publico.pt/2023/08/27/impar/reportagem/mocambique-clarear-pele-compativel-2060896. Acesso em: 19 jul. 2024.

CHARLES, E; BILA, S. Representatividade da mulher nos órgãos de tomada de decisão e qualidade de serviços de saúde materno-infantil. CIP. 13 de abril. 2023. Disponível em: https://www.cipmoz.org/wp-content/uploads/2023/04/Representatividade-da-Mulher-1.pdf . Acessado em: 26 jun. 2024

DA COSTA CRUZ, D. F. Seguindo as tramas da beleza em Maputo. Dissertação de mestrado (Dissertação em antropologia social). Universidade de Brasília. Brasília. 2012

DA COSTA CRUZ, D. F. Seguindo as tramas da beleza: cabelos na centralidade estético-corporal de Maputo. Cadernos Pagu, 45:135-156, Jul-Dec. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/18094449201500450135. Acesso em: 11 jul. 2024.

DA COSTA CRUZ, D. F. O sacrifício do corpo: Categorias de conhecimento sobre o cabelo crespo que transitam entre o Brasil e Moçambique. ODEERE, [S. l.], v. 3, n. 6, p. 340-365, 2018. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/4333 . Acesso em: 18 jul. 2024.

FLICK, U. El diseño de investigación cualitativa. Madrid. Ediciones: Morata. 2015

GUERRA, L. Sexualidade, corpo e doença em Moçambique: implicações regulatórias. REIA, v. 5 n. 1 (2018), 100-129. ISSN: 2446-6972. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/reia/article/view/236655. Acesso em: 22 abril. 2024

ISAACMAN, B; STEFHAN, J. A mulher moçambicana no processo de libertação. Editora: Instituto nacional de livro e disco. Maputo. 1984

KARBERG, S. Participação política das mulheres e a sua influência para uma maior capacitação da mulher em Moçambique. Friedrich Ebert Stiftung. 2015

KOTTAK, C. Antropología cultural. México. McGraw-Hill/Interamericana Editores. 2011

LE BRETON, D. La sociología del cuerpo. Buenos Aires: Nueva Visión. 2002

MABASSO, R. Rituales de matrimonio y ritos de iniciación: configuraciones familiares y prácticas culturales en Mozambique. Dissertação de mestrado (Dissertação em estudos e desenvolvimento da família). Universidad de La Frontera. Temuco. 2021

MARIANO, E. A construção do corpo feminino na compreensão do conceito de género. In: Teles, N y E. Brás (Org). Género e direitos humanos em Moçambique (pp.225). Maputo. Edições: Departamento de Sociologia da Universidade Eduardo Mondlane.

ROMÃO, A. A busca pelo corpo perfeito e a objetificação das mulheres: das artes visuais ao Instagram. CEUB. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/16096

ROSEIRO, A. Símbolos e práticas culturais dos Makonde. Tese de doutoramento (Doutoramento em antropologia, na especialidade de antropologia social e cultura). Universidad de Coimbra. Coimbra. 2013

SAFFIOT, H. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. Petrópolis. Editora: Vozes. 1976

SAMPIERI, R; COLLADO, C; LUCIO, P. Metodología de la investigación. México: McGraw-Hill. 2014.

SANTANA, J. S. A participação das mulheres na luta de libertação nacional de Moçambique em notícias (REVISTA TEMPO 1975-1985). Sankofa (São Paulo), 2(4), 67-87. https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2009.88746. 2009.

SILVA, G. Educação e género em Moçambique. (versão eletrônica). Porto: CEAUP. ISBN: 978-989-95426-2-4. 2007.

YUNI, J.A., URBANO, C.A. Técnicas para investigar: recursos metodológicos para la preparación de proyectos de investigación. Córdoba: Editorial Brujas. 2014.

Downloads

Publicado

2025-12-03

Como Citar

Mabasso, R. A. (2025). BELEZA AFRICANA: : O corpo ideal e os novos padrões femininos. Kwanissa: Revista De Estudos Africanos E Afro-Brasileiros, 8(20). https://doi.org/10.18764/2595-1033v8n20e24546