Reformas no ensino médio no Brasil
o chão da escola em areia movediça
DOI:
https://doi.org/10.18764/2358-4319v16n1.2023.5Palavras-chave:
reformas, flexibilização, classe trabalhadora , educação, currículoResumo
A etapa de escolarização denominada Ensino Médio já passou por diversas reformas e há uma em curso no atual contexto da educação brasileira. Este artigo tem como objetivo compreender as reformas ocorridas no ensino Médio no Brasil e o chão da escola em areia movediça. A metodologia foi do tipo bibliográfica e documental. Os resultados revelam que as contradições ocorridas nas reformas do Ensino Médio no Brasil integram o regime da acumulação flexível, cuja finalidade é a formação de trabalhadores com subjetividades flexíveis e que, por meio de uma base de educação geral complementada por itinerários formativos, por áreas do conhecimento, incluindo a formação técnica e profissional, recebem uma formação simplificada, como preconiza a Base Nacional Comum Curricular. Essas reformas são efetivadas a partir dos interesses de órgãos internacionais. Por isso, a diminuição de investimentos em educação e em pesquisa, provocando a flexibilização e a precarização da classe trabalhadora. Negar a ciência, negar para a classe o direto a educação, significa um retrocesso e a transformação da escola em instrumento de alienação e em local onde se forma através do treino e não de uma formação que valoriza o pensar crítico. É necessário que as reformas ocorridas no ensino Médio sejam efetivadas a partir da classe trabalhadora.
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