O ensino nos cursos superiores de engenharias
concepções, perspectivas e desafios
DOI:
https://doi.org/10.18764/2358-4319v15n2.2022.16Palavras-chave:
engenharias, concepção de ensino, demandas mercadológicasResumo
Este artigo tem por objetivo identificar a concepção de ensino orientada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação em Engenharias, bem como seu nível de influência nos Projetos Pedagógicos de Cursos (PPC) de uma unidade acadêmica de Engenharias da Universidade Federal do Pará (UFPA). Trata-se de uma pesquisa documental envolvendo os documentos mencionados. O estudo compreende uma abordagem qualitativa, cujo caminho metodológico trilhado para compreensão do objeto foi a análise de conteúdo de Bardin (1977), que possibilitou, por meio da codificação, categorização e um posicionamento crítico, a realização de inferência e interpretação dos resultados. Os resultados revelam que há uma fragmentação na formação do engenheiro que privilegia a dimensão técnica-profissional, enquanto as dimensões científica, cultural e política, fundamentais à formação humana, são simplesmente renegadas. De tal modo, o ensino é concebido e orientado sob uma lógica conservadora e elitista que visa separar cada vez mais os que concebem daqueles que executam, mediante a projeção de competências e habilidades que são introduzidas nas DCN por grupos empresariais subsidiados por Organismos Internacionais (OI), e aceitas passivamente pelos cursos de Engenharias sem nenhuma inovação, ou avanços, além das competências prescritas e relacionadas apenas às necessidades mercadológicas. Assim, a docência e o processo ensino e aprendizagem nas engenharias se tornam cada vez mais reféns dos propósitos do Capital.
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