Oswald, Rosa e os xamãs
imaginando uma comunicação pelo equívoco
DOI:
https://doi.org/10.18764/2176-5111v18n31.2023.6Palabras clave:
perspectivismo ameríndio, comunicação pelo equívoco, antropologia, diferençaResumen
O desrespeito aos povos indígenas brasileiros mostra um olhar etnocêntrico, que reforça a história de um país inserido compulsoriamente na modernidade ocidental, no qual resistem modos de existir que possibilitam a imaginação de outros mundos possíveis. O que já aparecia tanto na proposta do Manifesto Antropófago, do poeta Oswald de Andrade, quanto na obra do escritor João Guimarães Rosa e seu encontro com o mundo sertanejo. O antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro volta a estas referências quando constrói o Perspectivismo Ameríndio, tornando-se ponto de confluência da Virada Ontológica, e que pode ser tomada como um estudo da comunicação pela diferença, que chamamos neste artigo de comunicação pelo equívoco.
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