“No vine a traer paz, sino espada”: identidad evangélica, moral pública y disputas en torno al fundamentalismo en Brasil
DOI:
https://doi.org/10.18764/1983-2850v18n53e25433Palabras clave:
fundamentalismo, evangélicos, moralidades, identidad religiosaResumen
El texto analiza la identidad evangélica en Brasil, explorando la compleja relación entre el discurso religioso y la esfera pública. Discute el uso del término "fundamentalismo" para describir ciertos sectores evangélicos, argumentando que esta categorización es simplista y desconsidera la diversidad interna del movimiento. La investigación examina la construcción de una identidad evangélica genérica, contrastándola con la diversidad confesional y las tensiones entre tradición y modernidad. La metodología adoptada involucra el análisis del concepto de fundamentalismo a partir de autores de la sociología, además de la aplicación de la teoría del discurso postestructuralista a los discursos de iglesias evangélicas, basada en investigación empírica, análisis de datos e imágenes. Las reflexiones incluyen discusiones sobre la participación política de los evangélicos, la influencia de los medios y la construcción de fronteras identitarias en relación con el "mundo".
Descargas
Citas
ALMEIDA, R.; TONIOL, R. Conservadorismos, fascismos e fundamentalismos: Análises conjunturais. Campimas, SP: Editora Unicamp, 2018.
ALMEIDA, Ronaldo de. A Onda quebrada: Evangélicos e conservadorismo. Cadernos Pagu, São Paulo, n.50, 2017.
ALVES, Ana Rodrigues C. O conceito de hegemonia: de Gramsci a Laclau e Mouffe. Lua Nova, São Paulo, n. 80, p. 71-96, 2010.
ARMSTRONG, K. Em nome de Deus: O fundamentalismo no judaísmo, no cristianismo e no islamismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
BANDEIRA, Olivia. O mundo da música gospel entre o sagrado e o secular: Disputas e negociações em torno da identidade evangélica. Tese, Sociologia e Antropologia, UFRJ, Rio de Janeiro, 2017.
BAUMAN, Z. Em busca da política. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
BERGER, Peter L. A dessecularização do mundo: uma visão global. Religião & Sociedade, Rio de Janeiro, Vol. 21, n.1, p. 9-25, abr 2001.
BURITY, J. Encarnação, contingência, política do nome: “Religião” como ferramenta analítica e prática social-histórica na obra de Ernesto Laclau. In.: MENDONÇA, Daniel de; LOPES, Alice Casimiro. A teoria do discurso de Ernesto Laclau: ensaios críticos e entrevistas. São Paulo: Annablume, 2015.
BURITY, J. A onda conservadora na política brasileira traz o fundamentalismo ao poder? Separata de: ALMEIDA, Ronaldo de; TONIOL, Rodrigo. Conservadorismos, fascismos e fundamentalismos: Análises conjunturais. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2018.
BURITY, J. El pueblo evangélico: construcción hegemónica, disputas minoritarias y reacción conservadora. Encartes, vol. 3, núm. 6, septiembre 2020.
BURITY, J.. Duas formas de religião pública e democracia nas eleições de 2022. Revista Intolerância Religiosa, n. 5, 2023. Disponível em: https://revistaintoleranciareligiosa.files.wordpress.com/2023/01/burity-joanildo.-duas-formas-de-religiao-publica-e-democracia-nas-eleicoes-de-2022-1.pdf. Acesso em: 15 dez. 2024.
BUTLER, Judit; LACLAU, Ernesto; ZIZEK, Slavoj. Contingencia, hegemonia, universalidade. Diálogos contemporâneos en la izquierda. Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica de Argentina , S.A., 2000.
CAMPOS, Leonildo S. Os “Dois Caminhos”: Observações sobre uma gravura protestante. Horizonte, Belo Horizonte, v.12, n. 34, p. 339-381, abr/jun 2014.
CAMPOS, Roberta B.; ARAÚJO DE GUSMÃO, MAURÍCIO JÚNIOR, Cleonardo. A disputa entre a laicidade: uma análise das interações discursivas entre Jean Wyllys e Silas Malafaia. Religião & Sociedade. Rio de Janeiro, v.35, n.2, p.165-187, 2015.
CAMPOS, Roberta Bivar. O profeta, a palavra e a circulação do carisma pentecostal. Revista de Antropologia, São Paulo USP, v.54, n. 2, p. 1014-1049, 2011.
CAMURÇA, M. A. O Brasil religioso que emerge do Censo de 2010: consolidações, tendências e perplexidades. In: Teixeira, F & Menezes, R. (orgs.). Religiões em movimento: o Censo de 2010. Petrópolis, Rio de Janeiro, Vozes, 2013.
CAMURÇA, M. A. Um poder evangélico no Estado brasileiro? Mobilização eleitoral, atuação parlamentar e presença no governo Bolsonaro. Revista NUPEM, Campo Mourão, v. 12, n. 25, p. 82-104, jan./abr. 2020.
CASTELLS, M. O Poder da Identidade - A era da informação: Economia, sociedade e cultura, vol. 2. São Paulo: Paz & Terra, 2018.
CUNHA, Magali do Nascimento. A explosão gospel: um olhar das ciências humanas sobre o cenário evangélico no Brasil. Rio de Janeiro: MAUAD, 2007.
DATAFOLHA, Perfil e opinião dos evangélicos no Brasil,São Paulo, 2016b. Disponível em: http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2016/12/1845231-44-dos-evangelicos-sao-ex-catolicos.shtml Acesso em: 05 jan. 2020.
DATAFOLHA, Pesquisa Eleições Municipais do Rio de Janeiro 2º. Turno,São Paulo, 2016. Disponível em: http://media.folha.uol.com.br/datafolha/2016/09/27/fa5e1380b26327043c1631a5b196080a95810717.pdf Acesso em: 05 jan. 2020.
DREHER, Martin N. Fundamentalismo. São Leopoldo: Sinodal, 2006.
FONSECA, Alexandre Brasil. Mídia, religião e política: a evangelização da campanha presidencial. LOGOS: Comunicação & universidades. v.11, n.21, p. 186-207, 2004.
GRACINO JÚNIOR, Paulo, TARGÍNO, Janine; REZENDE, Gabriel. Confiança Institucional e Opinião Pública entre jovens religiosos na cidade do Rio de Janeiro. Interseções, Rio de Janeiro, v. 20, n.2, p. 305-329, dez. 2018.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HALL, Stuart. Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
HENDERS, Relmut. A linguagem visual transconfessional da xilogravura pietista “O caminho largo e o caminho estreito” de Charlotte Reihlen. Horizonte, Belo Horizonte, v. 14, n. 44, p. 1323-1353, out./dez. 2016.
HOWARTH, David. Power, discourse, and policy: articulating a hegemony approach to critical policy studies. Critical Policy Studies, Essex, UK, v. 3, p. 309-335, Out-Nov 2009. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/19460171003619725. Acesso em: 03 Jun. 2019.
IBGE. Censo Demográfico 2010: Características gerais da população e dos domicílios. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/93/cd_2010_caracteristicas_populacao_domicilios.pdf Acesso em: 20 jan. 2019.
LACLAU, Ernesto. A razão populista. São Paulo: Três Estrelas, 2013.
LACLAU, Ernesto. Emancipação e diferença. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011.
LACLAU, Ernesto. Nuevas reflexiones sobre la revolución de nuestro tempo. Buenos Aires: Nueva Visión, 1995.
LACLAU, Ernesto; MOUFFE, Chantal. Hegemony and Socialist Strategy. Towards a radical democratic politics. London/New York: Verso, 1985.
LESBAUPIN, I. Marxismo e religião. In: TEIXEIRA, Faustino (org.). Sociologia da religião: enfoques teóricos. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
LESBAUPIN, I. Marxismo e religião. In: TEIXEIRA, Faustino (org.). Sociologia da religião: enfoques teóricos. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
LOPES, Alice Casimiro. Teorias pós-críticas, política e currículo. Educação, Sociedade & Cultura, Rio de Janeiro. n. 39, p. 7-23, 2013.
LÖWY, M. A guerra dos deuses: Religião e política na América Latina. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
MAFRA, Clara Cristina Jost. A arma da cultura e universalismos parciais. Mana, Rio de Janeiro, v.17, n.3, p. 607-624, 2011, Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132011000300005>. Acesso em: 10 de jul. 2016.
MAFRA, Clara Cristina Jost. A dialética da perseguição. Religião e Sociedade. Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, , p. 59-85, junho, 1998.
MAFRA, Clara Cristina Jost. Censo de Religião: Um instrumento descartável ou reciclável? Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, n. 24, v. 2, p. 152-159, 2004.
MAFRA, Clara Cristina Jost. O cuidado das multidões e as teorias persecutórias. In: Encontro Anual da ANPOCS, XXII, 1998, Caxambú, p. 2-34, Disponível em: https://www.anpocs.com/index.php/encontros/papers/22-encontro-anual-da-anpocs/gt-20/gt16-16/5159-cmafra-o-cuidado/file. Acesso em: 03 jan. 2019.
MAFRA, Clara Cristina Jost. O que os homens e as mulheres podem fazer com os números que fazem coisas. In.: TEIXEIRA, Faustino; MENEZES, Renata (orgs.) Religiões em movimento: o Censo de 2010, Petrópolis, RJ : Vozes, 2013.
MAFRA, Clara; ALMEIDA, Ronaldo (org). Religiões e cidades: Rio de Janeiro e São Paulo. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2009.
MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil, São Paulo: Loyola, 1999.
MARIZ, C. Perspectivas sociológicas sobre o pentecostalismo e o neopentecostalismo. Revista de Cultura Teológica, São Paulo, v. 3, n. 13, p. 37-53, 1995.
MARIZ, Cecília L. & MACHADO, Maria das Dores C. Weber e o neopentecostalismo. Caminhos, Goiânia-GO, v. 3, n. 2, p. 253-274, 2005.
MARIZ, Cecília L.; SOUZA, Carlos Henrique. Carismáticos e pentecostais: os limites das trocas ecumênicas. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar, São Carlos, SP, v. 5, n. 2, jul.-dez. 2015, pp. 381-408.
MARIZ, Cecília; CAMPOS, Roberta Bivar. O pentecostalismo muda o Brasil? Um debate das ciências sociais brasileiras com a antropologia do cristianismo. In.: SCOTT, Parry; CAMPOS, Roberta Bivar; PEREIRA, Fabiana (orgs.). Rumos da antropologia no Brasil e no mundo: geopolíticas disciplinares. Recife: Ed.UFPE, 2014.
MARIZ, Cecília; GRACINO JÚNIOR, Paulo. As igrejas pentecostais no Censo de 2010. In.: TEIXEIRA, Faustino; MENEZES, Renata (orgs.). Religiões em movimento: O censo de 2010. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013, p. 161-175.
MARSDEN, G. M. Fundamentalism and American Culture: the Shaping of Twentieth Century Evangelicalism, 1879-1925. Oxford e Nova York, 1980 [2022] .
MARTY, Martin E.; APPLEBY, R. Scott (ed.). Fundamentalism and society: reclaiming the sciences, the Family and education. Chicago: University of Chicago Press, 1993.
MARX, K. Manifesto Comunista. Organização e introdução de Oswaldo Coggiola. São Paulo: Boitempo, 4ª. Reimpressão, 2005.
MARX, K. Manifesto Comunista. Organização e introdução de Oswaldo Coggiola. São Paulo: Boitempo, 4ª. Reimpressão, 2005.
MENDONÇA, Daniel de. Como olhar “o político” a partir da teoria do discurso de Ernesto Laclau. Revista Brasileira de Ciência Política. Brasília, DF. n. 1, p. 153-169, 2012. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rbcp/article/view/1533 . Acesso em: 21 out. 2018.
MENEZES, Renata Castro. Santos, vadias e afetos. Ponto Urbe – Revista do núcleo de antropologia urbana da USP, São Paulo, vol. 20, 2017, p. 1-19.
MEYER, Birgit. Pentecostalismo, prosperidade e cinema popular em Gana. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v.23, n. 2, p.11-32, dez 2003.
MEYER, Birgit. Translating the devil: Religion and modernity among the Ewe Ghana Edimburg. International African Library-Edimburg University Press, 1999.
MONTEIRO, Duglas Teixeira. Sobre os dois caminhos. Revista de Ciências Sociais, São Paulo, v.9, n. 1, p. 169-179, 1978.
NOVAES, Regina. Juventude, religião e espaço público: exemplos “bons para pensar” tempos e sinais. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 32, n. 1, p. 184-209, 2012.
PACE, Enzo; GUOLO, Renzo. Los fundamentalismos. México: Siglo XXI, 2006.
PIERUCCI, Antônio Flávio. Fundamentalismo e integrismo: os nomes e a coisa. Revista USP, São Paulo, Brasil, n. 13, p. 144–156, 1992.
ROCHA, Cristina. A Megaigreja Hillsong no Brasil: a constituição de um campo religioso transnacional. PLURAL – Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, n.23, v.2, p.162-181, 2016.
ROCHA, D. Da “minoria silenciosa” à Maioria Moral: transformações nas relações entre religião e política no fundamentalismo norte-americano na década de 1970. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 40(1): 91-113, 2020
ROCHA, Daniel. “Ganhando o Brasil para Jesus”: alguns apontamento sobre a influência do movimentos fundamentalista norte-americano sobre as práticas políticas do pentecostalismo brasileiro. Horizonte, Belo Horizonte, MG, v. 9, n. 22, p. 583-604, 2011.
ROSAS, Nina. “Dominação” evangélica no Brasil: o caso do grupo musical Diante do Trono. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar, São Carlos, v. 5, n. 1, pp. 235-258, jan.-jun. 2015.
SAFATLE. Vladimir. O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.
SALES JÚNIOR, Ronaldo. Laclau e Foucault: desconstrução e genealogia. Separata de: MENDONÇA, Daniel; RODRIGUES, Léo Peixoto. Pós estruturalismo e teoria do discurso em torno de Ernesto Laclau. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014, p. 163-175.
SANCHIS, Pierre (org.). Fiéis & cidadãos: percursos de sincretismo no Brasil. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001.
SANCHIS, Pierre. Pluralismo, transformação, emergência do indivíduo e suas escolhas. A grande transformação do campo religioso brasileiro. São Leopoldo, ano XII, n. 400, 27 ago. 2012. P. 5-7. Entrevista concedida a Thamires Magalhães.
SAYURI, Juliana. O que é “guerra cultural”. E por que a expressão está em alta. Nexo. 10 março 2019. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/03/10/O-que-%C3%A9-%E2%80%98guerra-cultural%E2%80%99.-E-por-que-a-express%C3%A3o-est%C3%A1-em-alta. Acesso em: 31 Agosto 2019.
SMITH, Amy Erica. Religion and Brazilian Democracy: Mobilizing the people of God. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2018.
SOUZA, Carlos Henrique P. O protestantismo histórico e a pentecostalização: Novos contornos da identidade evangélica. Ciências da religião: História e Sociedade. São Paulo, v. 12, n. 2, p. 61-90, dezembro de 2014.
SOUZA, Carlos Henrique P. Entre a capela e a catedral: tensões e reinvenções da identidade religiosa na experiência do protestantismo histórico atual. Dissertação. Ciências Sociais, UERJ, 2013.
SOUZA, Carlos Henrique P. Hoje somos só evangélico e crente: Novos olhares sobre a identidade do protestantismo brasileiro. Sacrilegens. Juiz de Fora, v. 13, n. 1, p. 118-136, jan-jun 2016.
SOUZA, Carlos Henrique Pereira de. Gramáticas evangélicas: discursos, identidades e afetos em igrejas históricas na Zona Norte do Rio de Janeiro. 2020. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
SOUZA, Marco Aurélio Dias . O fim da Guerra Cultural e o conservadorismo estadunidense? Uma leitura sobre a trajetória de ascensões e quedas da direita religiosa americana. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, UNESP, São Paulo, 2014b
TEIXEIRA, Faustino; DIAS, Renata (dois autores). Religiões em movimento: O Censo de 2010. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013..
VITAL DA CUNHA, Christina; LOPES, Lui. Religião e política: medos sociais, extremismo religioso e as eleições 2014. Rio de de Janeiro: Fundação Heinrich Böll/ISER, 2017.
WEBER, M. Ensaios de sociologia, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1974.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Brasileira de História das Religiões

Esta obra está bajo una licencia Creative Commons Reconocimiento 3.0 Unported.





