PEDAGOGIAS EM MOVIMENTO:
a metodologia participativa do Centro de Cultura Negra Negro Cosme (CCNNC) como forma de educar para a resistência na cidade de Imperatriz - MA
DOI:
https://doi.org/10.18764/2675-0805v5n9.2023.15Parole chiave:
Movimento social, Negro, Educação não formal, Decolonial, Metodologia participativaAbstract
Com a modernidade e o mito de uma democracia racial, criou-se uma falsa harmonia entre os povos, o que culminou no racismo estrutural e excludente, e os movimentos sociais negros tiveram um papel fundamental no processo de construção de conhecimento, de forma coletiva e organizada no Brasil. Assim, para a construção deste trabalho, partimos da proposta de uma pedagogia decolonial, a qual visa, justamente, a esse grupo excluído, heterogêneo e local: o movimento negro na cidade de Imperatriz, estado brasileiro do Maranhão (MA), com o seguinte questionamento: qual a metodologia utilizada pelo Centro de Cultura Negra Negro Cosme (CCN-NC) para dar visibilidade ao povo negro e afrodescendente no processo de luta e resistência na cidade de Imperatriz-MA? Este trabalho buscou dialogar com autores preocupados com essa temática de movimento social negro e educação, como: Gohn (2011), Arroyo (2012), hooks (2019), Walsh (2013), entre outros, como suporte teórico. Com pesquisa descritiva e análise qualitativa, este estudo buscou identificar os atores sociais envolvidos no processo de mediação, descrever suas práticas metodológicas, inter-relacionando a perspectiva micro e macro do movimento. Com isso, este trabalho apontou para urgência em se falar de uma temática antiga e, ao mesmo tempo, tão atual: o preconceito e a discriminação do povo negro; assim como o processo de politização e a autoafirmação da identidade negra constituindo a metodologia participativa como essencial, trazendo a possibilidade de se pensar o decolonial a partir das ações práticas do CCN-NC.
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