A LENDA DE JOÃO VELHO: imaginário, fé e misticismo na Vila das Almas
Palabras clave:
Lenda. João Velho. Quilombo. Fé. Misticismo.Resumen
O presente artigo aborda a lenda de João Velho sob o ponto de vista do imaginário e da religiosidade dos moradores do quilombo Saco das Almas, mais especificamente na comunidade da Vila das Almas, em Brejo/MA, bem como a sua importância no campo simbólico e representacional da fé, das crenças e do misticismo presentes na lenda. Trata-se de uma pesquisa dividida em duas etapas: na primeira, realizou-se a pesquisa bibliográfica em que se destacam referenciais teóricos como Eliade (2002), Lévi-Strauss (2005), Godelier (2001), Cascudo (2012), Bayard (2020), Ferreira (2018), entre outros; a segunda construiu-se a partir das pesquisas de campo realizadas pelo GEPEMADEC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Meio Ambiente Desenvolvimento e Cultura) e pelo LEI (Laboratório de Estudos do Imaginário), entre os anos de 2017 até o presente momento. Analisa-se a lenda de João Velho sob o aspecto do imaginário e do simbólico, destacando-se os valores místicos e representacionais da lenda em contraste com as práticas religiosas cotidianas dos moradores do quilombo, a saber, o culto a fé cristã: católicos e protestantes, ao mesmo tempo em que acreditam em uma entidade espiritual que realiza milagres tal qual São Longuinho. Como resultados, tem-se que, apesar de existirem três igrejas cristãs no quilombo, duas católicas e uma protestante, algumas práticas religiosas da maior parte dos moradores do quilombo vão além das religiosidades cristãs, como se vê na crença do poder milagroso de João Velho.
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Citas
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