Currículos, qualidade da educação e a “guerra contra a infância no Rio de Janeiro”
DOI:
https://doi.org/10.18764/2358-4319v17n3.2024.43Palavras-chave:
currículo, guerra, necropolíticasResumo
O artigo foi escrito a seis mãos, trazendo resultados de duas pesquisas, mestrado e doutorado, e desenvolve a noção de necropolíticas, hierarquizando os trabalhos sujos e o direito à vida. Caminha pela desigualdade e pelas múltiplas formas de violência até dar foco, no campo das políticas curriculares, nos processos de exclusão e controle, ambos tomados como necrocurrículos de morte e apagamento de estudantes, professores e comunidades escolares em suas histórias e existências. Conclui que, apesar das formas plurais de resistências, sendo uma delas, contar e pensar histórias, o custo da morte é uma marca indelével da nossa temporalidade e, por isso, dos currículos.
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